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Água tem validade? Descubra a verdade que poucos sabem!

Você já reparou no prazo de validade da água mineral que consome no restaurante, no mercado ou na praia?

Água tem validade? Descubra a verdade que poucos sabem! Água tem validade? Descubra a verdade que poucos sabem! Água tem validade? Descubra a verdade que poucos sabem! Água tem validade? Descubra a verdade que poucos sabem!
Você já reparou no prazo de validade da água mineral que consome no restaurante, no mercado ou na praia?
Você já reparou no prazo de validade da água mineral que consome no restaurante, no mercado ou na praia? Foto: Pixabay

Você já reparou no prazo de validade da água mineral que consome no restaurante, no mercado ou na praia? Pode parecer estranho que algo tão puro como a água tenha validade, mas a resposta está na embalagem e nas condições de armazenamento, e não na água em si.

Segundo Fabrício Miguel Farinassi, engenheiro de alimentos e técnico em bioquímica da Águas Prata, a água mineral natural não tem prazo de validade na natureza, pois pode permanecer protegida em poços durante séculos. No entanto, uma vez engarrafada, ela está sujeita a fatores externos que podem afetar suas características.

“A validade indicada no rótulo está relacionada às mudanças sensoriais, como odor e sabor, e não à toxicidade. Mesmo vencida, se a garrafa estiver bem armazenada, a água provavelmente continua segura para consumo”, explica Farinassi.


O perigo não está na data, mas no calor e na exposição inadequada

Letícia Zocarato, engenheira química com duas décadas de experiência, reforça que o que realmente compromete a qualidade da água engarrafada é a forma como ela é armazenada. Exposição ao calor excessivo, raios solares e uso de embalagens plásticas de baixa qualidade são os verdadeiros vilões.

“O calor acelera reações químicas e pode fazer com que substâncias tóxicas do plástico, como o bisfenol, se soltem na água”, alerta Farinassi. “E quanto mais calor, maior esse risco.”

A embalagem de vidro oferece mais segurança, mas também requer cuidados. Se estiver deitada ou superaquecida, a água pode entrar em contato com a tampa plástica ou o lacre — e aí há risco de contaminação.


Reutilizar garrafa de plástico? Com cautela!

Deixar uma garrafinha plástica no carro, principalmente se ela já foi aberta, é altamente desaconselhável.

“Essa água pode conter microrganismos que se multiplicam com o calor, e o plástico ainda pode liberar compostos prejudiciais à saúde”, diz Letícia. “Beber direto da garrafa também introduz saliva, o que facilita a contaminação cruzada.”

Se for reutilizar, é essencial higienizar bem a embalagem. E se ela já sofreu com o calor, o ideal é não usá-la novamente como recipiente de água para consumo.


Transporte e exposição: cuidado em todo o percurso

Um estudo feito pela Águas Prata com a Unicamp mostrou que caminhões fechados (tipo baú) protegem melhor a água engarrafada durante o transporte. Em carrocerias abertas cobertas com lona plástica, a temperatura da água pode atingir até 80°C, o que é extremamente prejudicial à sua qualidade.

“O calor é o maior inimigo da água engarrafada”, conclui Farinassi.


Conclusão: o que você deve observar

  • Prefira água armazenada em locais frescos e longe do sol.
  • Evite consumir água que passou muito tempo no carro ou sob calor intenso.
  • Se a garrafa for reutilizada, lave-a bem – e descarte se houve exposição ao calor.
  • Dê preferência a garrafas térmicas ou recipientes de qualidade, especialmente em dias quentes.

Informações publicadas no site https://cfq.org.br/

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.