As eleições 2022 estão se aproximando. Neste período é fundamental entender como está o cenário político não só para os que irão pleitear um cargo, mas, para aqueles que irão às urnas em outubro, para exercer seu direito de voto.
Uma pesquisa realizada neste mês de agosto, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, conversou com profissionais de todas as forças policiais, a respeito das eleições para a Presidência da República.
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De acordo com a pesquisa, a maioria dos policiais brasileiros apoia a democracia e confia no processo eleitoral. Essa afirmação aparece como uma boa notícia, em meio ao temor de golpe no Brasil e à proximidade das manifestações convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para o Dia da Independência.
A pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública foi feita entre 1º e 20 de agosto deste ano, com profissionais de polícias militares, civis, científica, guardas civis, bombeiros militares, policiais federais, rodoviários federais e penais.
Formulários com 45 questões temáticas e 11 perguntas sobre o perfil profissional e social da pessoa foram enviados para os policiais que constam no banco de dados da entidade. O levantamento também foi publicado nas redes sociais, e os comandos das polícias foram contatados para a divulgação da sondagem entre seus profissionais.
Responderam 5.058 profissionais de todo o país. De acordo com os autores do estudo, “a pesquisa não tem caráter probabilístico e não é estatisticamente representativa do universo de policiais brasileiros”, mas “permite uma visão bastante poderosa de como os profissionais da segurança pública estão dispostos a se posicionar no debate nacional”.
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De acordo com o levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 95,6% dos que responderam concordam com a frase “O povo escolher seus líderes em eleições livres e transparentes é essencial para a democracia”.
Ainda segundo os dados, 74,9% acreditam que “Os direitos humanos serem respeitados é essencial para a democracia” e 62,9% discordam de que “Quando há uma situação de crise, não importa que o governo passe por cima das leis, do Congresso ou das instituições com o objetivo de resolver os problemas”.
Só 8,8% concordam ou concordam totalmente com um governo autoritário – e 14,7% concordam ou concordam totalmente com um golpe de Estado.
O resultado que aponta entre 15% e 40% dos policiais como possíveis radicalizados ou potencialmente radicalizáveis é coerente com dados levantados por outra pesquisa do Fórum, de 2021. A sondagem do ano passado mostrou que 38% dos policiais interagem em ambientes digitais ligados ao bolsonarismo mais ou menos radical.