CONFERÊNCIA

Belém sedia evento internacional sobre uso de satélites para monitorar rios

Especialistas de países como Brasil, França, Estados Unidos e África do Sul debatem os progressos no uso de satélites para monitorar rios e a importância das tecnologias para aprimorar a gestão de recursos hídricos

Belém sedia evento internacional sobre uso de satélites para monitorar rios Belém sedia evento internacional sobre uso de satélites para monitorar rios Belém sedia evento internacional sobre uso de satélites para monitorar rios Belém sedia evento internacional sobre uso de satélites para monitorar rios
A 4ª Conferência Internacional South America Water from Space 2024 está sendo realizada na Universidade Federal do Pará
A 4ª Conferência Internacional South America Water from Space 2024 está sendo realizada na Universidade Federal do Pará FOTO: celso rodrigues29/10/2024 Foto celso Rodrigues/ Diário do Pará.

Teve início ontem (29) a 4ª Conferência Internacional South America Water from Space 2024, que está sendo realizada em Belém, cidade que sediará a COP 30 em 2025. O objetivo do evento é apresentar os mais recentes avanços científicos na área de hidrologia espacial e fomentar o monitoramento dos recursos hídricos e ambientais a partir de observações espaciais.

Durante esta semana, especialistas em sensoriamento remoto de países como Brasil, França, Estados Unidos e África do Sul reunirão esforços para debater os progressos no uso de satélites para monitorar rios, além de enfatizar a importância das tecnologias para aprimorar a gestão de recursos hídricos. A conferência ocorre no Centro de Eventos Benedito Nunes, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e pode ser acompanhada pelo canal TV SGB no YouTube.

Durante a abertura do evento, Alice Castilho, diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (SGB), destacou a relevância da iniciativa. “Estamos localizados na bacia amazônica, que abriga diversos rios, e o Brasil é considerado o país com a maior riqueza em recursos naturais e subterrâneos em todo o mundo. Contudo, a logística para operações de monitoramento na Amazônia é bastante desafiadora”, disse.

“Portanto, a implementação dessa técnica de mensuração contribuirá significativamente para aprofundar o conhecimento hidrológico na região, que, nos últimos anos, tem enfrentado eventos extremos de cheias e secas severas. Além disso, Belém será palco da COP 30 no próximo ano, e toda essa discussão sobre o mundo sistemático será abordada na campanha”, afirmou.

Ela comentou que o evento abordará o sensoriamento remoto no contexto da hidrologia. “Estamos na quarta edição, e este evento ocorre a cada dois anos. No sensoriamento remoto, empregamos técnicas de observação à distância, que podem ser realizadas via satélite, aeronaves ou drones, para monitorar diversas variáveis hidrológicas. Que variáveis são essas? Incluem chuva, nível dos rios, invasão fluvial, volume de sedimentos e a qualidade da água nos rios, além da evapotranspiração e do armazenamento de água no solo”, detalhou.

No mesmo dia, os pesquisadores Andrea Germano, chefe do Departamento de Hidrologia do SGB, e Daniel Moreira, engenheiro Cartógrafo do Serviço Geológico do Brasil compartilharam os resultados do sensoriamento remoto aplicados no Brasil e na Amazônia.

TECNOLOGIA

“Discutimos a utilização dessa tecnologia para monitorar a severa seca que afetou a região do Rio Amazonas no ano passado, apresentando insights e perspectivas sobre a detecção da seca que está ocorrendo atualmente, a qual já está se dissipando na Amazônia, evidenciando todo o potencial destas tecnologias para fornecer dados gratuitos de agências espaciais que auxiliam na melhoria desse monitoramento”, explicou.

Ele declarou que as expectativas para o evento são altas, especialmente por trazer essa temática para o ambiente universitário. “O público demonstra grande interesse, especialmente neste aspecto, pois se trata de uma conferência voltada para mostrar o avanço da tecnologia e como essa inovação pode nos ajudar a resolver questões, como desafios na hidrologia e problemas ambientais. Portanto, acredito que é uma excelente oportunidade. É uma chance significativa para todos, especialmente porque se trata de uma atividade de pesquisa, e a conexão com a universidade é essencial. Temos vários estudantes de graduação, mestrado e doutorado aqui, então é uma oportunidade para eles adquirirem conhecimentos, e alguns deles também terão a chance de apresentar seus trabalhos”, concluiu.

Trayce Melo

Repórter

Jornalista com experiência em redação, planejamento de estratégias e produção de conteúdo digital. Escreveu uma série de materiais independentes para o Portal Leia Já. Também atuou como social media na Secretaria de Estado de Turismo do Pará e como assessora de comunicação na Prefeitura de São Sebastião da Boa Vista, no Marajó. Além disso, atuou como analista de marketing na Enter Agência Digital. Recebeu o prêmio Internacional Premium Cop 30 Amazônia, concedido pelo ICDAM. Atualmente, é repórter do Jornal Diário do Pará.

Jornalista com experiência em redação, planejamento de estratégias e produção de conteúdo digital. Escreveu uma série de materiais independentes para o Portal Leia Já. Também atuou como social media na Secretaria de Estado de Turismo do Pará e como assessora de comunicação na Prefeitura de São Sebastião da Boa Vista, no Marajó. Além disso, atuou como analista de marketing na Enter Agência Digital. Recebeu o prêmio Internacional Premium Cop 30 Amazônia, concedido pelo ICDAM. Atualmente, é repórter do Jornal Diário do Pará.