A partir desta sexta-feira (30), Belém do Pará ganha oficialmente o título de Capital Mundial do Brega, em reconhecimento à importância cultural do brega paraense. A honraria foi concedida durante a 123ª reunião do Conselho Executivo da ONU Turismo, realizada em Segóvia, na Espanha.
O título foi entregue ao ministro do Turismo, Celso Sabino, atual presidente do Conselho Executivo da entidade, pelo secretário-geral da ONU Turismo, Zurab Pololikashvili, que também mencionou o prefeito de Belém, Igor Normando, como figura de destaque na preservação da cultura local.
“Foi uma honra receber esse reconhecimento durante um evento tão qualificado. Títulos como este reforçam a vocação turística do estado e confirmam o orgulho que nós, paraenses, sentimos por nossa rica cultura”, destacou Sabino em seu discurso.
Brega: música, identidade e resistência
Mais do que um gênero musical, o brega é parte da identidade coletiva de Belém. Nasceu e cresceu nas periferias da capital, sendo símbolo de resistência, afeto e pertencimento. Do brega romântico ao tecnobrega eletrônico, o estilo passou por diversas transformações, sem jamais perder suas raízes paraenses.
Notícias Relacionadas
Nomes como Pinduca, Joelma, Gaby Amarantos, Felipe Cordeiro e Wanderley Andrade ajudaram a projetar o ritmo nacional e internacionalmente, mantendo vivo o legado do brega como expressão popular e inovadora.
Aparelhagens: o som que movimenta multidões
Outro elemento marcante da cultura brega é a tradição das aparelhagens, os gigantescos paredões de som que transformam bairros inteiros em pistas de dança ao ar livre. Esses eventos, que reúnem milhares de pessoas, são parte do cotidiano da cidade e elemento fundamental para o turismo cultural local.
A escolha de Belém como Capital Mundial do Brega reforça seu papel como epicentro de uma cena musical vibrante, autêntica e em constante reinvenção.
