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Banho em Rios de Encanto: Série Audiovisual sobre Cultura Amazônica Estreia na UsiPaz Terra Firme

A série “Rios de Encantarias” navegou por histórias, mistérios e tradições que ecoam das águas amazônicas e chega hoje, 14, às 18h, na Usina da Paz.

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Lia Sophia conduz os episódios da série documental que já está com uma segunda temporada sendo alinhavada.

FOTO: THIAGO PELAES/DIVULGAÇÃO
Lia Sophia conduz os episódios da série documental que já está com uma segunda temporada sendo alinhavada. FOTO: THIAGO PELAES/DIVULGAÇÃO

A série “Rios de Encantarias” navegou por histórias, mistérios e tradições que ecoam das águas amazônicas e chega hoje, 14, às 18h, na Usina da Paz – Terra Firme, onde será exibida ao público. Após a exibição, acontece roda de bate-papo com o Movimento Frente de Juventudes para a COP-30 (Seduc-PA) e o Cine Clube TF.

“A exibição de Rios de Encantarias, em parceria com o Movimento Frente de Juventudes para a COP 30 e Cineclube TF, é muito significativa, porque conecta duas potências: a força das juventudes periféricas e o imaginário poético da Amazônia. É um momento de troca, de escuta e de construção coletiva de futuros possíveis. A série trata justamente de ancestralidade, cultura viva e resistência, temas que dialogam profundamente com o que a juventude está trazendo como pauta para a COP-30: um planeta mais justo, sustentável e culturalmente diverso”, diz a cantora Lia Sophia, que assina a criação do projeto junto com Taísa Fernandes e Lúcia Tupiassu. “Exibir a série em um espaço como a Usina da Paz, junto com coletivos locais, é uma forma de afirmar que a cultura e o conhecimento tradicional são ferramentas essenciais de transformação social”, completou a cantora.

“Rios de Encantarias” mergulha na riqueza poética da região, destacando não apenas sua paisagem única, mas também as narrativas e visões que são próprias das comunidades caboclas. Em cinco episódios, são mostradas manifestações culturais de diferentes locais no Pará: o Boi de Máscaras de São Caetano de Odivelas; o Círio de Santo Antônio, de Oriximiná; a cerâmica e a pajelança tradicionais da Ilha do Marajó; o Sairé de Alter do Chão; e o artesanato em miriti de Abaetetuba.

Lia Sophia é quem conduz a série e teve a ideia de “Rios de Encantarias”, após a leitura do livro “Cultura Amazônica – Uma Poética do Imaginário”, do poeta João de Jesus Paes Loureiro.

“A partir daí, surgiu o desejo de traduzir essa poesia em imagens e sons, viajando por cidades paraenses onde o simbólico e o sagrado ainda estão vivos no cotidiano. Ver a série pronta é profundamente emocionante. Essa ideia surgiu em 2019, então foram cinco anos buscando aporte financeiro para produzir esse trabalho. Fazer audiovisual na Amazônia não é fácil. Além da falta de apoio, a dificuldade com as distâncias, a logística, exige muita dedicação e paciência”, disse Lia Sophia.

Segunda Temporada e a Visão da Amazônia

Depois dessa primeira temporada por Alter do Chão, Marajó, Abaetetuba, São Caetano de Odivelas e Oriximiná, “Rios de Encantarias” deve ganhar novos episódios pelo Pará. “E agora vamos partir para a segunda temporada, com novos episódios em Belém, Cametá, Juruti, Alenquer e Bragança. E sim, a vontade de continuar é enorme. Há muitos outros rios, festas, mitos e histórias que ainda precisam ser contadas”, contou a cantora, que com a série tem o propósito de mostrar que a Amazônia é muito mais do que floresta.

“É também uma civilização de afetos, de mitos, de rituais e de saberes ancestrais. Como diz o poeta Paes Loureiro, o imaginário, na vida do caboclo amazônico, é um fato social, influencia a vida ribeirinha no seu fazer, no seu pensar, no seu sentir. Não é um imaginário livresco, nem algo apartado da realidade material das coisas. É um imaginário que, em si mesmo, traduz conhecimento e modo de vida”, destaca Lia.

Produção e Equipe da Série

A produção da série foi formada por 90% de mulheres e teve à frente a premiada diretora Adriana de Faria (do curta “Cabana”), Taísa Fernandes – que é criadora e produtora executiva-, além da premiada roteirista Lucia Tupiassú, que também é criadora da série, e ainda o diretor de fotografia e coprodutor (com a Marahu Filmes), Thiago Pelaes.