GERSON NOGUEIRA

Animado, Leão mira no G4 da Série B

O Remo pode entrar pela primeira vez no G4 da Série B. Para isso, precisa derrotar o Coritiba no Mangueirão (21h30) e torcer para que o Cuiabá não vença o Atlético-GO.

O Remo pode entrar pela primeira vez no G4 da Série B. Para isso, precisa derrotar o Coritiba no Mangueirão (21h30) e torcer para que o Cuiabá não vença o Atlético-GO.
O Remo pode entrar pela primeira vez no G4 da Série B. Para isso, precisa derrotar o Coritiba no Mangueirão (21h30) e torcer para que o Cuiabá não vença o Atlético-GO.

O Remo pode entrar pela primeira vez no G4 da Série B. Para isso, precisa derrotar o Coritiba no Mangueirão (21h30) e torcer para que o Cuiabá não vença o Atlético-GO. O confronto é daqueles jogos considerados grandes dentro da competição, pois o alviverde paranaense é um dos cotados para brigar pelo acesso.

A campanha azulina respalda a pretensão de chegar às primeiras colocações na tabela. Foram dois empates e uma vitória, com atuações sempre convincentes. Em casa, diante do América-MG, o Remo cumpriu sua melhor apresentação, unindo desempenho e resultado.

Daniel Paulista, apesar do pouco tempo – foram cinco jogos até agora, dois pelo Parazão – de trabalho, mostra ter cada vez mais conhecimento das características de seus jogadores. As escolhas para o time titular têm sido coerentes e isso é refletido em campo.

Contra o Botafogo-SP, na última rodada, a vitória esteve próxima, como na estreia diante da Ferroviária. Dois erros defensivos no início de cada tempo impediram o triunfo. A ausência de Caio Vinícius foi bastante sentida, principalmente pela falta de cobertura à frente da zaga.

Para a partida desta noite, ainda há dúvida sobre a escalação do volante. Caso não possa atuar, a meia-cancha deve ser formada por Pedro Castro, Jaderson e Pavani (ou Luan Martins). É um trio mais construtor do que marcador. O time tende a ficar mais rápido na transição ofensiva.

Janderson, Felipe Vizeu e Pedro Rocha são os homens de frente, desde a primeira rodada. Rocha vive um momento especial, liderando a artilharia (3 gols) do campeonato. É hoje o atacante mais produtivo, atento à movimentação dos companheiros e tomando decisões acertadas.

As laterais seguem com Marcelinho na direita e Alan Rodríguez na esquerda. O paraguaio conquistou definitivamente a titularidade, pelo apoio constante ao ataque e pelos cruzamentos bem encaixados. Marcelinho, em nível ligeiramente inferior, também virou titular na atual formação.

Um confronto naturalmente difícil, contra um adversário que vai exigir do Remo a capacidade de jogar em intensidade e aceleração constante.  

No pior jogo, Papão conquista melhor resultado

Quem ouve as entrevistas de Luizinho Lopes fica com a impressão de que o técnico do PSC enfatiza demais a questão dos deslocamentos como justificativa pela má campanha na Série B. É óbvio que os times nortistas sofrem mais na competição. O mapa do Brasil não vai mudar e, obviamente, as distâncias também não. Por isso, a lógica manda aceitar a realidade e encontrar formas de enfrentar (ou mitigar) o desgaste físico.

O Amazonas vive situação pior, pois a malha aérea é ainda mais desfavorável. O Remo encara o mesmo problema. Os três, em algum momento, vão sofrer as consequências dessa logística, mas reclamar – principalmente no começo da competição – é apenas chover no molhado.

Pior: evidencia falta de planejamento para encarar as dificuldades naturais da competição, devidamente conhecidas por todos que vivem de futebol no Brasil. Se não é possível reduzir distâncias, é necessário investir em elencos fisicamente bem preparados.

Sábado, em Ponta Grossa (PR), o PSC fez sua pior apresentação no campeonato, mas obteve o seu primeiro ponto. Com um time modificado em cinco posições, a ideia era garantir pelo menos o empate. A estratégia, mesmo sujeita a sustos, deu certo. E com a contribuição do Operário, atual campeão paranaense, que teve atuação pavorosa. 

Aos trancos e barrancos, com direito a um incrível chute de Eliel à la Potita, o PSC segurou o empate em 0 a 0, mostrando coerência e pragmatismo: se não consegue marcar gols (não sai do zero há quatro jogos), também não deixou que o adversário marcasse. É uma evolução.

Sem Rossi (lesionado) e com Nicolas na reserva, o PSC esperou mais de 20 minutos para sair de seu campo e ensaiar um tímido ataque. Passou o 1º tempo todo na encolha.

Na etapa final, Luizinho Lopes botou Nicolas, Borasi e Marcelinho no ataque. O Operário, pressionado pela torcida, cruzava bolas para o centroavante Daniel Amorim, que defendeu o PSC em priscas eras.   

Apesar da insistência, foram poucos os lances de perigo criados pelo Fantasma. O empate sem gols foi o placar mais adequado à baixa produção técnica dos times e um bom resultado para o Papão.

O pecado da manipulação ao alcance de todos

Transcrevo comentário de Juca Kfouri a propósito da influência das apostas no escândalo de manipulação que envolve Bruno Henrique, do Flamengo, um dos jogadores mais bem pagos do país (R$ 1,7 milhão por mês). Para ele, um problema previsível.

“Inevitável acontecer neste Brasileirão Betano, disputado pelo Atlético-MG H2 Bet, Bahia Viva Sorte Bet, Botafogo VBet, Ceará Esportes da Sorte, Corinthians Esportes da Sorte, Cruzeiro Betfair, Flamengo PixBet, Fluminense SuperBet, Fortaleza Cassino, Grêmio Alfabet, Inter Alfa, Juventude Stake.com, Palmeiras Sportingbet, Santos Blaze, S. Paulo Superbet, Sport Betnacional, Vasco Betfair e Vitória 7kBet.

Só Bragantino e Mirassol escapam de casas de apostas como patrocinadores master, embora contem com o apoio secundário da Betfast e 7kBet, respectivamente”.