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Alok reencontra pai após atentado em rave que deixou 260 mortos

O DJ Brasileiro Alok, 32 anos, e seu pai e também DJ Juarez Petrillo, 53 anos, se reencontraram na tarde desta quarta-feira (11)
O DJ Brasileiro Alok, 32 anos, e seu pai e também DJ Juarez Petrillo, 53 anos, se reencontraram na tarde desta quarta-feira (11)

LUIS EDUARDO DE SOUSA

CAMPINAS, SP (FOLHAPRESS) – O DJ Brasileiro Alok, 32 anos, e seu pai e também DJ Juarez Petrillo, 53 anos, se reencontraram na tarde desta quarta-feira (11). O pai do artista estava em Israel para um festival de música eletrônica, que foi alvo de ataques do grupo extremista Hamas no último sábado (7).

Petrillo, que é conhecido como DJ Swarup, seria uma das atrações do festival brasileiro Universo Paralelo, quando o evento foi atingido por mísseis lançados da Faixa de Gaza. Ao menos 260 pessoas morreram.

Juarez conseguiu regressar ao Brasil no quinto dia de conflito entre Israel e Palestina, e seu retorno aliviou fãs, que comemoraram, além do próprio filho.

Em publicação no Instagram, Alok escreveu: “Que alívio poder te abraçar, pai!”. O texto acompanha um registro do abraço entre pai e filho.

Um dia após o atentado, Alok deu detalhes sobre como o pai conseguiu escapar do bombardeio. Segundo ele, o atentado aconteceu momentos antes de Swarup iniciar sua apresentação.

Autoridades de Israel confirmaram que dois dos 260 mortos eram brasileiros que participavam do festival. São eles Ranani Glazer e Bruna Valeanu, ambos de 24 anos.
“Como muitos de vocês sabem, no meio de toda essa angústia aqui, o meu pai estava no evento que aconteceu um grande massacre dos terroristas covardes”, disse Alok em vídeo.

O DJ disse ainda que o pai viveu momentos de terror durante a fuga dos ataques, e que o carro que estava atrás do que foi usado por Petrillo para fugir foi alvejado pelos extremistas. “Muitos conhecidos dele estavam nesse veículo”, afirmou Alok.

Petrillo é um dos idealizadores do Universo Paralelo, mas nega que tenha organizado o evento em Israel. Os responsáveis pelo evento no país do Oriente Médio foram os gêmeos Osher e Michael Waknin, de 30 anos. Osher foi enterrado na terça (10) em Jerusalém, enquanto Michael segue desaparecido.

Um terceiro brasileiro sofreu ferimentos durante a fuga do atentado, mas passa bem. As autoridades israelenses não sabem estimar quantas pessoas estão desaparecidas, mas há brasileiros entre o grupo.

Nas redes sociais, o DJ Swarup publica fotos em diversos festivais de música eletrônica pelo mundo. Há cerca de 10 semanas, ele foi uma das atrações de uma festa rave em Portugal. Em seguida, se apresentou na Espanha.

Além de Alok, Petrillo é pai do Bhaskar, também DJ. Swarup trabalha com música desde 1970.

A festa em que houve o atentado foi realizada em Tel Aviv, cidade a menos de 20 km da Faixa de Gaza. O local tem intensa agenda de festas similares e é tido como reduto libertário de jovens em meio ao conservadorismo predominante do Oriente Médio.
Juarez ainda não se manifestou sobre seu retorno ao Brasil.