Nunca a participação do torcedor azulino foi tão importante e decisiva nesta Série B como no confronto com o Atlético-GO, neste sábado (20h30), no Baenão. Com 39 pontos e na 7ª colocação, o Remo precisa vencer para continuar no pelotão de frente. Os três pontos não garantem um lugar no G4, mas mantêm vivo o sonho do acesso.
Mudanças pontuais no meio-campo e no ataque devem turbinar as ações ofensivas, tornando o time mais agressivo. É com essa pegada que o técnico Antônio Oliveira pretende cativar o torcedor, ainda ressabiado com a tímida campanha como mandante.
Régis, ao que tudo indica, deverá ser o articulador, responsabilizando-se pela criação de jogadas para o trio Marrony-João Pedro-Pedro Rocha. Pode dar certo, desde que haja equilíbrio no meio e marcação segura na zaga.
Dono da terceira melhor defesa da competição e com apenas cinco derrotas, o Remo só não está entre os quatro melhores pelo excesso de empates (12) – sete deles na gestão de Antônio Oliveira.
A perda de tempo com Diego Hernández na função de meia-armador comprometeu a dinâmica da equipe nas últimas quatro partidas. Depois de abusar da teimosa, Antônio Oliveira parece ter observado melhor as opções disponíveis. Régis, meia de ofício, é a mais visível delas.
Bom passador e hábil na condução de jogo, Régis pode funcionar como o maestro que Jaderson prefere não ser. De qualquer maneira, a presença de ambos na mesma faixa do campo só pode trazer benefícios à equipe.
Um outro fator pode contribuir para uma grande atuação: a presença de Marrony no ataque. Poucos entendiam a insistência do treinador em deixá-lo na suplência, sendo que é um dos mais produtivos na conexão com Pedro Rocha, podendo ainda ser um avançado pela direita ou jogar mais centralizado, atuando ao lado do centroavante João Pedro.
Com o barulho que a torcida se prepara para fazer – o tal Inferno Azul prometido –, o Remo terá, neste retorno ao Baenão, as condições ideais para se impor e sufocar o Atlético desde os primeiros minutos. Sem dúvida, é a melhor maneira de usar o caldeirão para vencer.
Bola na Torre
Guilherme Guerreiro comanda o programa, a partir das 22h, na RBATV, com participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião nos debates. A rodada 27 da Série B é o principal assunto em pauta. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.
Após dois meses de jejum, Papão quer a vitória
Diante de um Goiás bastante desfalcado – oito jogadores estão fora de combate –, o PSC tenta fazer as pazes com a vitória depois de dois meses de jejum. A partida, prevista para a tarde deste sábado (16) no estádio da Serrinha, em Goiânia, tem todos os ingredientes de drama e complexidade que marcam a trajetória do Papão neste Brasileiro.
Como tudo começa e termina na meia-cancha, o PSC deve ter novidades para mudar a rotina de problemas técnicos no setor de criação. Sem outras alternativas, Márcio Fernandes decidiu escalar Leandro Vilela, Ramon Vinícius e Gustavo Nicola, jogador recém-contratado.
Satisfeito com o rendimento de Edinho na partida contra o América-MG, decidiu continuar com ele no ataque, ao lado de Diogo Oliveira e Maurício Garcez. Se tudo funcionar conforme o planejado, o Papão terá finalmente um ataque conectado com o meio-de-campo.
Com isso, Garcez e Diogo precisarão percorrer distância menor do que vêm fazendo. Permanecendo mais tempo junto à área adversária, estarão mais perto do gol e criando mais problemas para a defesa adversária.
Ao mesmo tempo, caso as escalações de Nicola e Edinho se confirmem, Márcio deixa claro que não conta com Marlon e Rossi, pelo menos por enquanto.
O primeiro saiu vaiado nas últimas duas apresentações em casa. O segundo, ainda respeitado pelo currículo, sofre os efeitos da longa recuperação e o desgaste natural de ter ficado ausente de 14 das 26 partidas da competição.
Fla mostra força na Conmebol ao reverter expulsão
O Flamengo deu prova insofismável de forte poder nos bastidores do futebol sul-americano. A Conmebol decidiu reverter na sexta-feira (19) a expulsão do atacante Plata, ocorrida aos 37 minutos do 2º tempo da partida com o Estudiantes, pela Libertadores, no Maracanã.
André Rojas entendeu que o rubro-negro entrou de sola e cometeu falta. Como já estava amarelado, Plata recebeu o vermelho e foi excluído, para indignação da torcida e da cúpula flamenguista. (Aliás, uma das cenas mais hilárias do futebol é ver torcedor do Fla queixando-se de roubo).
Em movimentação rápida, o clube pressionou a Conmebol e obteve a reversão, algo raro em relação a clubes brasileiros. Antes, a entidade só havia “perdoado” o zagueiro Dedé, quando jogava pelo Cruzeiro.