As cores do
arco-íris cobriram de diversidade o prédio do Fórum Cível de Belém, na Cidade
Velha, que viveu uma manhã histórica nesta sexta-feira (2), com o I Casamento
Comunitário Homoafetivo celebrado no Pará.
24 casais
formalizaram as relações familiares e agora gozam de todos os direitos
assegurados às famílias brasileiras.
A cerimônia
foi realizada no auditório Desembargador Agnano Monteiro Lopes, oficiada pelos
juízes Agenor Cássio Nascimento Corrêa de Andrade e Acrísio Tajra de
Figueiredo.
“Realizar o
primeiro casamento comunitário LGBTQIA+ dentro do Tribunal de Justiça é o
reconhecimento dessas famílias, que já vem sendo regularizado, reconhecido pelo
Supremo (Tribunal Federal) desde 2011, no entanto, é a primeira vez que o
Tribunal abre as portas para a comunidade LGBT para dar reconhecimento e
visibilidade a essas famílias que são exatamente iguais a todas as outras”,
disse o juiz Agenor Cássio Nascimento Correa de Andrade, um dos oficiantes da
cerimônia.
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Ele explicou
que o reconhecimento do casamento confere um novo status, um novo estado civil
à pessoa, com maior segurança jurídica para, numa eventual enfermidade, numa
eventual fatalidade, o companheiro, a companheira, o cônjuge, a cônjuge não
ficar desassistido(a) por eventuais relações de direito. Há 11 anos, o STF
reconheceu o direito de casais homoafetivos formalizarem as relações perante a
lei.
Renato
Modesto e Rafael Arias se conheceram há seis anos e aguardavam pacientemente
pela hora da cerimônia nesta sexta-feira, no Fórum Cível. “É uma grande alegria
porque é um direito”, diz Renato, ao afirmar que o casamento reafirma perante a
lei a união dos dois. “É uma grande alegria a gente tá formalizando isso, de
forma legal”, diz ele.
Rafael
acrescenta que se trata de mais um passo que os dois dão juntos “mostrando,
levando nosso amor, porque, como ele disse, é direito de todos”. Para Rafael,
“o amor é a obra mais divina de Deus, então a gente precisa amar, ser amado e a
gente vem buscar por isso, buscar por esse amor, transmitir esse amor, mostrar
às pessoas que a gente está no mundo também pra amar e buscar o nosso direito
de ser feliz”, resume.
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GRATIDÃO
Beatriz e
Letícia são uma família há sete anos e manifestaram a gratidão pela
oportunidade de realizar um sonho longamente acalentado. “A gente tá muito
agradecida por essa oportunidade que o Tribunal deu pra esses casais
homoafetivos de estarem realizando, porque é a realização de um sonho, a gente
queria já há bastante tempo, enfrentamos muitas coisas, mas graças a Deus
superamos todas elas e hoje estamos aqui pra dizer esse sim com a presença de
todos e estamos muito felizes e agradecidas pela oportunidade”, disse Beatriz.
“A gente tá muito grata e comemorando com as pessoas importantes pra gente”,
afirmou Letícia.