TEXTO: ALINE RODRIGUES
Inteligência Artificial Generativa: usos, dilemas e desafios” é o tema do debate promovido hoje, 30, às 9h, pelo Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia da Universidade Federal do Pará (PPGCOM/UFPA), com a participação da jornalista, pesquisadora e escritora Lúcia Leão. O evento é parte integrante da programação de abertura do semestre do programa e ocorrerá no auditório do PPGCOM.
“Fiquei muito feliz de ser convidada para falar num ambiente acadêmico, ainda mais para alunos de comunicação e cultura, porque a verdadeira arma para enfrentar os riscos que surgem, não só à democracia, mas aos empregos, ao livre pensar, é o conhecimento, para poder cobrar a transparência, privacidade, ética”, falou Lúcia Leão ao DIÁRIO.
A escritora acredita também que este é um debate que será multiplicado. “Cada pessoa que participar sairá certamente com o nível de provocação de informação para não só pesquisar mais sobre o assunto como também compartilhar com as pessoas, porque é preciso que o conhecimento seja amplamente disseminado”, disse ela.
Na mediação do evento estará a professora doutora Elaide Martins, coordenadora do grupo de pesquisa “Inovação e Convergência na Comunicação (InovaCom)” e, como debatedores, os doutorandos Hericley Santos e Daniel da Rocha, ambos do PPGCOM/UFPA.
LIVRO MERGULHA NO MUNDO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Após o debate, às 11h, haverá o lançamento do livro “Inteligência artificial generativa: modo de usar”, de autoria de Lúcia Leão. A obra também mergulha no desafiante mundo da inteligência artificial generativa e explora como essa poderosa ferramenta pode ser útil para quem precisa ganhar tempo, produtividade e dinheiro.
“A inteligência artificial já está na nossa vida há algum tempo de outras formas, mas tinha uma novidade que era um robô capaz de manter uma conversa, uma linguagem imitando a linguagem humana. Fui ver as funcionalidades, para usar no meu trabalho, melhorar o tempo que eu gasto produzindo conteúdo e aí, à medida que fui pesquisando, a primeira coisa que eu descobri foi que o chatGPT era uma gota d’água no oceano, que havia muita coisa acontecendo na geração de texto, áudio, código e vídeo”, contou a escritora.
Ela também acredita que ninguém irá escapar de ser impactado pela inteligência artificial generativa. “Então, é melhor nesse momento que a gente está aí vivendo a primeira onda, que as pessoas se empoderem através do conhecimento para entender o que está acontecendo e ver como é que vai usar e incorporar isso no seu modo de fazer”, pontuou.
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A inteligência artificial generativa é uma tecnologia que permite que um computador crie conteúdo original, como texto, imagens, música ou até mesmo vídeos. Ao contrário da inteligência artificial convencional, que é programada para executar tarefas específicas, a IA generativa é capaz de criar algo novo e inesperado.
O livro de Lúcia Leão é um guia prático, com perguntas e respostas, dividido em sete capítulos. “Começo falando sobre a diferença da artificial, que a gente conhece, da generativa, por que essa segunda causou todo esse furor e tudo que ela pode entregar e de fato entrega. Depois faço um beabázinho bem básico para quem não é da área de tecnologia de como acessar o ChatGPT, dou outras opções de chats que são mais precisos, que fornecem fontes, por exemplo”, detalhou a escritora.
O livro entra ainda nas questões éticas e da legislação, privacidade e valores que precisam ser observados ao lançar mão da IA. A autora também deixa claro acreditar que a tecnologia não irá substituir o ser humano. “A pessoa que está com medo de perder o emprego, antes tem que pensar como ela pode virar o jogo para dominar essa tecnologia e oferecer para o seu trabalho um conteúdo mais qualificado com a assistência da IA. Ou seja, você troca o medo pelo domínio da ferramenta”.
PARTICIPE
Debate + lançamento do livro “Inteligência Artificial Generativa”
Quando: Hoje (30/8), a partir das 9h
Onde: Auditório do PPGCOM/UFPA (R. Augusto Corrêa, 01 – Guamá)
Quanto: Gratuito
