Aline Rodrigues
Dezessete filmes paraenses estarão em exibição na VI Mostra Sesc de Cinema, que iniciou ontem, 23, e segue até sábado, 27, no Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso. A entrada é franca e a programação completa pode ser encontrada no site www.sesc-pa.com.br.
“Essa edição que vamos exibir esta semana será a etapa Pará, somente com produções paraenses. Em breve vamos fazer a mostra nacional [em abril]. Este ano, o destaque foi para o longa-metragem ‘Dona Raimundinha do Rio Tajapuru’, do cineasta Chico Carneiro, que está em circulação na Mostra Sesc de Cinema Nacional”, falou Carol Abreu, gerente de Cultura do Sesc no Pará.
A mostra possibilita a visibilidade e o reconhecimento para as obras independentes. Foram selecionados 343 filmes nas etapas estaduais, regional e nacional, sendo 206 de cineastas homens e 137 de cineastas mulheres. Além das projeções, o evento oferecerá bate-papos com os cineastas, proporcionando ao público a oportunidade única de mergulhar nos bastidores das obras, explorar as pesquisas por trás das lentes e compreender os fazeres artísticos que dão vida ao cinema.
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“A equipe de curadoria foi composta pelo analista do Sesc Ver-o-Peso, a Gerência de Cultura do Sesc Pará, e um curador externo convidado, que foi o Marco Antônio Moreira, da ACCPA (Associação de Críticos de Cinema do Pará). Foi feito o visionamento integral dos filmes e o processo curatorial da Mostra. Recebemos em torno de 30 produções do Estado abordando os mais diversos assuntos, temas que refletem a identidade social, cultural, política e econômica do Estado”, falou Carol Abreu.
O encerramento da mostra, no sábado, 27, contará também com a exibição do documentário “Somos Guardiões”, dirigido por Edivan Guajajara, Chelsea Greene e Rob Grobman, e produzido pelo vencedor do Oscar Fisher Stevens, com Leonardo DiCaprio atuando como produtor executivo. O documentário conta a história de pessoas que se dedicam a salvar a Amazônia e à defesa dos povos indígenas contra a destruição da floresta e investiga a máquina econômica por trás do desmatamento desenfreado na região.
“A realização da Mostra propõe, para além das exibições, o convite às trocas, ao debate, ao diálogo com os diretores e equipe dos filmes. Todos os dias haverá uma conversa dos realizadores da sessão, com a mediação do Marco Antônio – exceto na sexta, dia 26, que receberemos o convidado Felipe Pamplona para mediar as conversas”, adiantou Carol.
A gerente também destacou que, além do destaque nacional, tem produções de qualidade artística, feitas com pesquisa, que constroem memórias, ancestralidade e identidade paraense, como “A Casa de Luíza”, de Rodrigo Antônio; “Monteiro Lopes”, de Bianca de Aquino, sobre os famosos biscoitos paraenses em duas cores; e ainda tem os curtas musicais, com “Luz do Mundo”, sobre a trajetória do mestre guitarreiro Manoel Cordeiro; e “Mandinga”, de Raidol, integrante da novíssima geração de artistas paraenses.
