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'Uma noite no Museu' volta com sucesso total em Belém

A temporada 2024 do “Uma Noite no Museu”, promovido pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), teve início na noite de ontem (5). Foto: Antonio Melo
A temporada 2024 do “Uma Noite no Museu”, promovido pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), teve início na noite de ontem (5). Foto: Antonio Melo

Alexandre Nascimento 

A temporada 2024 do “Uma Noite no Museu”, promovido pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), teve início na noite de ontem (5). A programação segue a mesma organização do ano passado, quando na primeira sexta-feira de cada mês o evento torna disponível a visita noturna nos museus de Belém, como forma de democratizar os espaços de arte e cultura para todas as pessoas, sobretudo as que não conseguem ter acesso durante o horário comercial.

Os museus que integram o Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM), que ficam no Complexo Feliz Lusitânia, na Cidade Velha, assim como o Centro Cultural Palacete Faciola, o Museu da Imagem e do Som (MIS) e o Parque Cemitério Soledade estiveram na programação da noite de ontem.

Mas, assim como nas edições anteriores que incluiu museus convidados, a primeira edição deste ano contou com a inclusão do Centro de Memória da Polícia Militar, que fica na rua Gaspar Viana, e o Museu de Arte de Belém (MABE), que foi reinaugurado em janeiro.

A Casa das Onze Janelas foi um dos espaços da programação, que reuniu grande número de visitantes que contemplaram a exposição “Memórias da Ditadura” que relembra o período de repressão imposto pelo golpe militar de 1964, organizado pela Secretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial (SEIRDH).

“Eu já estava sabendo desta exposição desde o início da semana, assim como fiquei sabendo da programação noturna dos museus. Então, me programei e vim aprofundar o conhecimento sobre a ditadura no Brasil, já que esse horário foi ideal para mim”, disse Patrick Santos, 26 anos, assistente de laboratório.

A programação segue a mesma organização do ano passado, quando na primeira sexta-feira de cada mês o evento torna disponível a visita noturna nos museus de Belém. Foto: Antonio Melo

O acervo religioso do Museu de Arte Sacras (MAS), que integra o SIMM, foi outro espaço que reuniu grande número de visitantes, tanto que tiveram de ser organizados em fila para controlar o número de pessoas. As amigas Elen Ramos, 27, e Geovana Lopes, 27, ambas pedagogas, aproveitaram o “Uma Noite no Museu” para conhecerem o espaço pela primeira vez. “Durante o dia é muito difícil conseguir visitar, por causa do trabalho. Então, nos organizamos e conseguimos vir conhecer o MAS, e estamos impressionadas com essas esculturas lindas”, disseram as amigas.

Reinaugurado em janeiro deste ano pela prefeitura de Belém, o MABE foi o museu convidado para integrar o início da temporada do evento promovido pela Secult, e foi um dos mais visitados da programação, sobretudo por pessoas que sempre tiveram curiosidade de conhecer o interior do prédio.

“É muito lindo aqui dentro, estou impressionada, sendo que eu já achava a parte externa linda também. Ainda bem que está aberto na noite de hoje (ontem), porque durante o dia não conseguiria visitar”, declarou Iran Nascimento, 38 anos, frentista.

O evento “Uma Noite no Museu” cumpre o objetivo do Governo do Estado em democratizar os espaços culturais da cidade, sobretudo os museus, uma vez que o horário comercial destes locais impossibilita a visita de muitas pessoas.

“Eu participei de algumas edições do ano passado e comemorei muito a volta do evento, na noite de hoje (ontem). É o único horário que, assim como eu, muitas outras pessoas conseguem vir. Por isso, espero que em todas as primeiras sextas-feiras de cada mês a programação venha acontecer”, disse Danilo Barbosa, 28 anos, design de moda.

Na realidade, a grande adesão do público na programação especial noturna é a grande motivação da retomada do evento, que novamente foi registrada na primeira edição na noite de ontem.

“Esse grande público que estamos presenciando, confirma que esse evento está consolidado e temos certeza que será assim nas edições dos próximos meses. Uma prova que as pessoas consomem arte e cultura, principalmente se facilitarmos a acessibilidade para eles, como no horário flexível da noite”, concluiu Emanuel Franco, diretor do MAS.