A ÚLTIMA OBRA

Último álbum de Mestre Damasceno reforça legado do carimbó e do Búfalo-Bumbá

Após a repercussão de sua homenagem na Sapucaí em 2023 pela escola de samba Paraíso do Tuiuti, Mestre Damasceno seguiu produzindo novidades.

Após a repercussão de sua homenagem na Sapucaí em 2023 pela escola de samba Paraíso do Tuiuti, Mestre Damasceno seguiu produzindo novidades.
Após a repercussão de sua homenagem na Sapucaí em 2023 pela escola de samba Paraíso do Tuiuti, Mestre Damasceno seguiu produzindo novidades. Foto: Kleyton Silva

Após a repercussão de sua homenagem na Sapucaí em 2023 pela escola de samba Paraíso do Tuiuti, Mestre Damasceno seguiu produzindo novidades. Seu último trabalho foi o lançamento do quinto álbum da carreira, intitulado “Chegou Meu Boi – Mestre Damasceno e o Conjunto de Carimbó Nativos Marajoara”. O álbum foi lançado pouco antes do falecimento do mestre, ocorrido nesta terça-feira, aos 71 anos.

O novo disco traz uma mistura autêntica de carimbó, toada do Búfalo-Bumbá e um ritmo chamado banguê. Sobre essa última novidade, Mestre Damasceno explicou na época:
“Eu já fazia o banguê quando colocava cordão de pássaros na rua, mas nunca tinha gravado. Esse vem com uma nova roupagem, essa que é a história.” O álbum conta com onze faixas autorais e foi produzido pelo experiente duo Léo Chermont (produtor musical) e Guto Nunes (produtor fonográfico), que também assinaram os dois trabalhos anteriores do artista e possuem longa parceria com o mestre.

Gravado entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2022, o álbum foi registrado em um estúdio montado especialmente na Pousada Bosque dos Aruãs, em Salvaterra. A produtora executiva Ana Paula Gaia ressalta a importância do local:
“A equipe de produção fez questão de levar o estúdio até os artistas, valorizando o contexto de lugar de pertencimento de todos os envolvidos e respeitando o local de inspiração de todos.”

O projeto foi financiado por meio de emenda parlamentar da então deputada estadual Marinor Brito.

Os músicos que compõem o Conjunto de Carimbó Nativos Marajoara acompanham Mestre Damasceno desde 2013. São eles: Agnaldo Vasconcelos (maracá), Anderson Gonçalves (curimbó), Arivaldo Pampolha (banjo), Emerson Miranda (saxofone), Francisco Junior (maracá), Naldo Modesto (ganzá) e Ivanelson Trindade (curimbó).

Agnaldo Vasconcelos, que também é construtor de maracas e tocador, conta que a criação do grupo foi uma ideia em parceria com o banjista Arivaldo Pampolha, conhecido como Nicaca:
“Quando o mestre voltou do Terruá Pará, o Nicaca — que era do samba — me procurou para formar o grupo do Mestre Damasceno. Assim, criamos o nome e fomos chamando o resto do pessoal.”

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.