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Tiie traz turnê de “Subúrbio” a Belém

Cantor que despontou nos últimos anos no gênero do samba, o carioca Tiee se apresenta neste sábado, 7, a partir das 16h, no Porto Futuro, em Belém.

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Direto de São Gonçalo, o autor de “Climático” e “Modo Avião” evoca raízes suburbanas para cantar a alegria
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Cantor que despontou nos últimos anos no gênero do samba, o carioca Tiee se apresenta neste sábado, 7, a partir das 16h, no Porto Futuro, em Belém. O show faz parte da turnê “Subúrbio”, que está circulando por cidades de todo o Brasil.

Batizado Diógines Ferreira de Carvalho, Tiee é natural de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Ganhou visibilidade com o hit “Climatizar”, de sua autoria, sucesso com Ferrugem. Com um público fiel que adora samba, Belém promete um grande show, afirma o artista. “Tocar em Belém é sempre um presente pra mim. As pessoas que gostam da minha música, em Belém, me tocam de forma especial por conta desse calor humano que a cidade tem. Só quem vai ao show saberá”.

No palco, ele entrega uma energia que contagia a todos em cada canto do Brasil. “Cada vez que eu desço do avião e as pessoas falam ‘Tiee’ com outro sotaque, pra mim é como se fossem aquelas medalhas que a gente coloca no peito. Só o artista brasileiro sabe o valor que isso tem. Eu vim de São Gonçalo, no interior do Rio de Janeiro, e às vezes fico bobo de ver como a minha música vai longe. Aí é que eu sinto o peso desse pelotão, desses fãs maravilhosos e dessa conexão”, conta Tiee.

DO CORAÇÃO

O show, ele diz, é especial.

“O ‘Subúrbio’ é o meu projeto do coração. Ele traz novamente aquela emoção do meu começo, e é importante não se afastar das raízes. O ‘Subúrbio’ me remete a um passado recente, mas com toda emoção do agora. Ele é mais do que uma ‘label’, é um comportamento, um sentimento, um comprometimento com a vida simples, marginal das grandes cidades. E ele exalta esse samba que ultrapassa décadas e que ainda mexe com as pessoas. Resumindo: é um pagode pra pagodeiro”, descreve.

Em 2024, o álbum “Subúrbio” foi indicado ao Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Samba/Pagode. À época, o artista demonstrou sua felicidade no Instagram, mencionando o trabalho coletivo. “Essa indicação ao maior prêmio da música não é minha, é de todo menino pagodeiro, aqueles que animam festas e botecos, os que saem deixando a família sem o mínimo, na esperança de mudar esse quadro através do talento… Eu fui esse menino e eu venci porque tenho um time grande de pessoas que acreditam na minha arte, porque até aqui, com a permissão de Deus, o samba deu à minha família o de comer, o de vestir, o de beber e o de dormir”.

Ele fala da importância de trazer a palavra subúrbio para este trabalho, colocando a arte produzida na periferia para o centro. “O nome foi criado justamente pra gente trazer pra frente quem estava lá atrás. É um ‘não’ à invisibilidade das pessoas que fazem o nosso país andar”, defende.

“Poder dignificar e exaltar esse lugar que a gente traz no coração é meu papel social. Cresci no subúrbio do interior do Rio. Lá tem gente digna, trabalhadora, de coragem, e o subúrbio é para elas e é para quem quer fazer essa imersão também. Estamos de braços abertos”, diz.

“FILHOS”

Com um grande talento para a composição, ele é autor de grandes sucessos do pagode. Ao lado de parceiros, Tiee assina faixas como “Casa Azul”, “O Som do Tambor” (Ferrugem), “Teu Jogo” (Fundo de Quintal), “Voltei” (Jorge Aragão), “Cancun”, “Fotos Antigas” (Thiaguinho), entre outras. Em 2018, o músico completou 20 anos de carreira e hoje tem o prazer de presenciar a popularização de suas músicas. Em seu repertório, reúne sucessos como “Porradão” e “Modo Avião”.

Ele diz que uma canção, para ser bem-feita, precisa ter as palavras certas. “Eu penso nos mínimos detalhes quando escrevo. Demoro a escrever e demoro a dar a minha música para outros artistas, mas quando eu dou, é com o meu coração junto. Uma música é um filho, é uma dádiva sagrada. Quando ela vai pra boca das pessoas e todo mundo sai cantando, é bom demais. É o que todo artista deseja. ”