JOIA DA AMAZÔNIA

Theatro da Paz pode se tornar Patrimônio Mundial

Saiba mais sobre os Teatros da Amazônia: Teatro Amazonas e Theatro da Paz buscam o reconhecimento da Unesco como Patrimônio Mundial.

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Saiba mais sobre os Teatros da Amazônia: Teatro Amazonas e Theatro da Paz buscam o reconhecimento da Unesco como Patrimônio Mundial.
Saiba mais sobre os Teatros da Amazônia: Teatro Amazonas e Theatro da Paz buscam o reconhecimento da Unesco como Patrimônio Mundial.. FOTO: ALEX RIBEIRO / AG. PARÁ

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) oficializou, nesta sexta-feira, 31 de janeiro, a candidatura dos Teatros da Amazônia — o icônico Teatro Amazonas, em Manaus (AM), e o majestoso Theatro da Paz, em Belém (PA) — à Lista do Patrimônio Mundial da Unesco. Ambos os teatros são marcos culturais da região e serão submetidos à avaliação do Comitê do Patrimônio Mundial, composto por representantes de 23 países signatários da Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural da Unesco. Caso atendam aos rigorosos critérios exigidos, a candidatura poderá ser considerada para o reconhecimento internacional como bem cultural de valor universal excepcional.

A oficialização da candidatura foi marcada pela entrega de um dossiê repleto de documentos elaborados por um grupo técnico formado pelo Iphan, pelas secretarias de cultura dos estados do Amazonas e do Pará, e pelos municípios de Belém e Manaus. Esse dossiê será analisado pela Unesco, com base em critérios que avaliam a autenticidade, integridade e o valor universal excepcional dos dois teatros.

Leandro Grass, presidente do Iphan, ressaltou que a candidatura se alinha ao compromisso da instituição em promover e valorizar o Patrimônio Cultural Brasileiro. “Levar a candidatura dos Teatros da Amazônia à Unesco é uma forma de destacar a riqueza cultural da região Norte, uma das mais singulares do país”, afirmou. Andrey Schlee, diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam) do Iphan, também destacou a importância do reconhecimento internacional para os dois teatros amazônicos, cujos valores culturais são inquestionáveis.

O Theatro da Paz, em particular, se destaca não apenas por sua grandiosidade arquitetônica, mas também por seu papel central na história cultural de Belém e da Amazônia. Este monumento histórico simboliza a prosperidade do ciclo da borracha e a influência europeia na arquitetura e nas artes cênicas na região. Com seu imponente palco e sua tradição como sede de grandes espetáculos, o Theatro da Paz representa um elo entre o passado e o presente da Amazônia, mantendo viva a memória de uma época marcada pela convivência entre culturas locais e externas.

A superintendente do Iphan no Pará, Cristina Vasconcelos, enfatizou a importância desse passo para a candidatura do Teatro Amazonas e do Theatro da Paz: “Estamos vivenciando um marco na história de valorização da Amazônia. Essa candidatura coloca a cultura do Norte em evidência, ampliando a visibilidade de nossa rica herança cultural”.

A secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal, contextualizou o valor simbólico da candidatura: “Além do reconhecimento global, esse movimento impulsionará o turismo e a divulgação de nossa cultura. O Theatro da Paz é um verdadeiro símbolo da identidade amazônica, e com o reconhecimento da Unesco, sua importância será ainda mais valorizada no cenário internacional”.

Esses dois teatros, símbolos do ciclo da borracha, são mais do que testemunhos da riqueza econômica da região; eles refletem a fusão da arquitetura europeia com as particularidades culturais da Amazônia, e estão imortalizados na memória de artistas, trabalhadores e cidadãos que contribuíram para a história da região. A candidatura à Unesco visa, assim, assegurar a preservação desses patrimônios e fortalecer sua importância no contexto global.

Com a aprovação, os Teatros da Amazônia, representando um patrimônio único da arquitetura e das artes no coração da região, podem integrar a lista de Patrimônios Mundiais da Unesco, ao lado de outros 14 bens culturais brasileiros já reconhecidos.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.