O dia 03 de setembro promete muita música, cinema e
reexistência no palco do Telas em Movimento, no Portal da Amazônia. O festival
dá a largada nas celebrações ao dia da Amazônia, comemorado no dia 05 de
setembro.
A programação multicultural inclui a exibição e premiação de
filmes, rodas de conversa, intervenções artísticas, exposições e apresentações
musicais de MC Super Shock, Priscila Castro e Jeff Moraes, Márcia Kambeba,
Samba Fé no Batuque e Ruth Costa. O evento será gratuito.
“Me sinto privilegiado por estar participando de um dos
eventos mais importantes do ano, o Festival Dia Da Amazônia, que não ocorre só
aqui [em Belém], mas também dentro de um projeto que fala sobre histórias
reais, discute e valoriza a troca de saberes nas comunidades e aquilomba a
partir do audiovisual! E a importância que a gente tem que dar não só para este
dia e este evento, mas mais do que nunca para nossa Amazônia que tá morrendo a
cada dia”, afirma o rapper e cineasta amapaense, MC Shock.
O V Festival de Cinema das Periferias e Comunidades
Tradicionais da Amazônia ocorrerá entre os dias 03, 04 e 05 de setembro,
integrando a iniciativa “Festivais Dia da Amazônia 2022” que se estende por
mais 7 cidades do país: Manaus, Santarém, São Luís Macapá, Belo Horizonte, Rio
de Janeiro e São Paulo.
O festival é organizado por diversos movimentos e
organizações socioambientais que decidiram sair às ruas para comemorar o Dia da
Amazônia, 05 de setembro, como um alerta para o Brasil e o mundo sobre o que
está acontecendo na região, a programação nacional se conecta com a temática
central desta quinta edição do Telas: as “Narrativas Climáticas da Amazônia”.
Fio condutor das vivências realizadas pelo projeto em 10
territórios da Amazônia oriental, por meio do audiovisual como instrumento de
defesa, denúncia, reflexão e visibilidade à pautas como racismo ambiental,
preservação ambiental, infância e clima, direito à água e saneamento e
habitação social que afligem as comunidades tradicionais e periferias da
região, portanto também são as primeiras a sentirem os impactos da crise
climática.
“O telas em Movimento, junto com o Curta Xingu entraram em
parceria para trazer esses recursos para as pessoas, para os indígenas,
ribeirinhos, agricultores familiares, a galera da cidade e também fazer esse
intercâmbio e mostrar sua vida e sua cultura para o mundo, mas do seu jeito, da
sua maneira, e transformar isso em uma pauta totalmente positiva para a
região”, ressalta Val Araújo, liderança de Altamira e coordenadora do Curta
Xingu, festival de cinema da região sudoeste do estado do Pará.
Ao todo, foram produzidos 10 filmes de curta-metragem com
duração média de 10 minutos que retratam, de forma documental, as realidades
vividas em cada território e a necessidade de se preservar esses ambientes,
passando e se conectando por eles: Santarém no oeste do Pará, Soure na Ilha do
Marajó, Altamira no sudoeste paraense, Ilha de Caratateua conhecida como
Outeiro, Ilha de Cotijuba, comunidade da Vila da Barca e bairros periféricos da
Terra Firme e Jurunas na capital paraense, Benevides na Região Metropolitana de
Belém e Povoado de Mojó, em Paço do Lumiar, no estado Maranhão.
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Além da exibição e premiação destes filmes, a programação do
dia 03/09 ainda conta com exposições, apresentações teatrais do Instituto Você
em Cena, intervenções artísticas com Sarita Themonia e grupo Panã Panã, e
musicais com a geógrafa, política, cantora, locutora, artista plástica e
cineasta Márcia Kambeba, abordando a ancestralidade e a cultura popular através
da poesia e de suas músicas, assim como o encontro afroamazônico de Priscila
Castro e Jeff Moraes e de Samba fé no batuque e Ruth Costa finalizando a
programação do primeiro dia.
No dia 04 de setembro, das 9h às 12h, serão realizadas rodas
de conversa na Casa Samaúma e no Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará
sobre Territorialidades, Cinema e Amazônia com as lideranças dos territórios
pelos quais o projeto realizou vivências ao longo do ano. Já no dia 05 de
setembro, ocorrerá o lançamento do projeto “Móquem Mairi” do Instituto
Iacitatá, a partir das 14h, na escola Colibri, na Ilha de Outeiro, região
periférica da capital paraense, abordando discussões sobre justiça climática e
cultura alimentar, é voltado para a visibilidade da bioeconomia na Cidade de
Belém e seus intercâmbios e circulação com as produções indígenas, quilombolas,
agroecológicas e culturais do interior.
Encerrando a programação, será exibido no Cine Líbero
Luxardo, o filme “Pureza (2019)”, estrelado pela atriz e madrinha do Telas em
Movimento, Dira Paes. O longa já recebeu mais de 28 premiações nacionais e
internacionais e conta a história de uma mãe que sai em busca do filho
desaparecido na Amazônia e luta para se livrar do trabalho escravo. Baseado em
fatos reais, terá sessão única e gratuita no dia 05 de setembro, às 16h30.
Este evento é uma realização da Negritar Filmes e Produções
e conta com apoio do iCS – Instituto Clima e Sociedade, FADESP – Fundação
Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, o Fundo Tide Setubal e a Prefeitura de
Belém, além das parcerias com dezenas de instituições e coletivos da Amazônia.
SERVIÇO
5° FESTIVAL DE CINEMA DAS PERIFERIAS E COMUNIDADES
TRADICIONAIS DA AMAZÔNIA
Data: 03/09
Horário: 16h30 às 23h
Local: Portal da Amazônia
16h30 – Instituto Você em Cena – Abertura
16h50 – Priscila Castro e Jeff Moraes
17h50 – Panãs Panãs
18h10 – Marcia Kambeba
19h00 – Exibição dos filmes + Premiação
20h40 – MC Super Shock
21h30 – Sarita Themonia
21h40 – Samba Fé no Batuque e Ruth Costa
22h40 – Encerramento
Data: 04/09
Horário: 9h às 12h
Local: Centro de Estudos e Defesa do negro no Pará e Casa
Samaúma
Rodas de conversa sobre Territorialidades, Cinema e Amazônia
com as lideranças dos territórios que integram o Telas em Movimento.
Data: 05/09
Horário: 14h
Local: escola Colibri Lançamento do Projeto Móquem Maery do
Instituto Iacitatá sobre justiça climática e cultura alimentar
Horário: 16h30
Local: Cine Líbero Luxardo Exibição do Filme “Pureza (2019)”
estrelado por Dira Paes
