‘Vatapá ou Maniçoba’ estreia em rede nacional nesta segunda-feira, 03, às 23h30, na TV Globo, em ‘Tela Quente’. O filme é dirigido pelo paraense Fernando Segtowick em uma coprodução entre a Marahu Filmes e a Globo Filmes.
Na sinopse, a atriz Iza Moreira que interpreta a jovem Marcely acabou de se mudar para a casa do pai Jurandir (Adriano Barroso) e sua avó Ana (Astrea). Ela precisa se adaptar à nova rotina enquanto ensaia para vencer sua primeira e tão sonhada batalha de MCs. Em paralelo, seu pai prepara tudo para que ela participe de um baile de debutantes.
Entre os desencontros dentro de casa e os duelos de rima na rua, ela descobre que numa família pode caber um pouco do gosto de cada um. Diante da coprodução, a produtora paraense contou com o financiamento para o filme e uma consultoria com o diretor Jorge Furtado, que tem uma vasta experiência em cinema e televisão. Fernando Segtowick e Lúcia Tupiassú, que é roteirista e criadora da história, receberam esse apoio para aprimorar o roteiro e a direção.
“É muito legal porque a gente teve todo esse acompanhamento desde o momento em que o projeto foi aprovado, em meados de agosto de 2023. A gente recebeu os recursos em março de 2024 e filmamos em agosto do ano passado. Estreamos na TV local no dia 12 de janeiro, que foi aniversário de Belém, e dependendo da receptividade do filme, ele tinha a chance de entrar nessa janela do cinema nacional na Tela Quente durante o Big Brother e então ficamos super felizes porque houve um esforço muito grande para isso”.
Fernando Segtowick comenta que a equipe foi notificada sobre a exibição na TV Globo através de um comunicado oficial da Globo Filmes na última quarta-feira, 29.
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“É uma sensação realmente de vitória e de reconhecimento porque a nossa produção paraense pode, tem qualidade, tem atributos, tem uma história interessante, além de ter uma coisa que chama a atenção das pessoas. Agora a nossa expectativa é como que o resto do Brasil vai reagir a essa história. O filme ficou disponível por dez dias no Globo Play e agora retorna para a exibição nacional, sendo uma oportunidade para quem ainda não assistiu ao filme”, diz o diretor.
“É uma janela muito boa porque tem uma audiência gigante e isso é muito bom a gente ter visibilidade, que é uma das coisas mais difíceis na produção audiovisual principalmente por ser uma produtora paraense independente. Há muita dificuldade de conseguir janelas de exibição, seja nas salas de cinema, seja nas plataformas de streaming ou ainda menos numa TV aberta que já tem uma programação fechada. Então esse projeto de telefilmes regionais da Globo ele vem cumprir de forma muito legal esse papel. No ano passado foram exibidos filmes de Minas Gerais, da Bahia, Pernambuco e do Amazonas e, este ano, a gente pode contar com o filme do Pará”, comemora Fernando Segtowick.
O diretor relata sobre sua experiência entre os gêneros da ficção e de documentário.
“Essa história tem muitas camadas porque ela fala sobre o relacionamento entre pai filha, fala sobre a nossa comida, a nossa relação com as nossas avós, além da nossa relação com a música. Tem um conflito geracional, mas ao mesmo tempo tem essas frestas para que a gente possa conversar, sobretudo, nesse momento de muita polarização que ou você é uma coisa ou é outra”, comenta Segtowick.
