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Shows celebram cultura nortista e dão impulso à batalha de MCs

A rapper Ruth Clark faz um dos pocket shows do encerramento.

FOTO: divulgação
A rapper Ruth Clark faz um dos pocket shows do encerramento. FOTO: divulgação

Encerrando esta terceira edição do Black Soul Samba nos Bairros, no sábado, 8, o projeto celebra a cultura e os talentos da periferia com uma extensa programação no Parque dos Igarapés. Baalhas de MCs nas catagorias feminina e LBGTQIAPN+ vão reunir 16 concorrentes a uma premiação de R$ 800 para os destaques.

Batizada de Ground DELX, a disputa de rimas contará com a participação das mestras de cerimônia Djay e Kaipora. Haverá ainda apresentação do set da DJ Psicopreta e pocket shows das MCs Ruth Clark, Sara Nortx.

Rapper, ativista e compositora, Ruth Clark traz em suas rimas uma exaltação o poder ao povo preto e sua vivência de mulher nortista.

Já Sara Nortx é uma artista independente vinda do bairro da Terra Firme, e a primeira mulher do estado a apresentar a final do Duelo de MCs Pará, além de ser uma das cofundadoras e coordenadora do Coletivo Nortx Ground, que realiza o “Ground DelxS”. Integrante da Banca da Nortx, grupo de rap feminino, Sara acredita no hip hop como arma de transformação social e política e na resistência feminina na cultura e sociedade.

Completando a noite, a programação traz a cultura popular representada pela música do cantor e compositor Ronaldo Silva, reconhecido pelo seu trabalho junto ao Arraial do Pavulagem, e o carimbó pau e corda do grupo Mãos de Veludo.

Um dos fundadores do Instituto Arraial do Pavulagem, Patrimônio Cultural do Pará, há décadas Ronaldo Silva se dedica à educação sociocultural e ambiental através de brinquedos populares inspirados nos folguedos e matrizes tradicionais da cultura nortista. Suas composições e seu trabalho de intérprete estão registrados em 15 álbuns lançados, além de obras gravadas por vários outros intérpretes brasileiros.

O grupo Mãos de Veludo, por sua vez, é composto por Rodrigo Buiu, Yuri Moreno, Fabrício Derê, Charles Santana, Alex Launé e Liel Pantera, e apresenta experimentações rítmicas do carimbó pau e corda.

Com esse trabalho, tem circulado por diversos festivais regionais, nacionais e internacionais, mostrando uma sonoridade que traz ritos afro-ameríndios, apresentados pelos mestres e mestras de Icoaraci e do Marajó.