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Sepultura se despede em Belém em um show histórico

ìcones do rock metal no mundo todo, Sepultura é atração principal do Studio Pub Festival
ìcones do rock metal no mundo todo, Sepultura é atração principal do Studio Pub Festival

Desde 1985, o Dia Mundial do Rock é celebrado no dia 13 de julho, em homenagem ao “Live Aid”, evento que marcou a história da música. Para celebrar a data, Belém terá uma série de eventos, entre eles o Studio Pub Rock Festival, com a apresentação de uma das maiores bandas de metal do mundo: Sepultura, que chega com a turnê “Celebrating Life Through Death”, marcando sua despedida dos palcos após 40 anos e já soma mais de 30 mil ingressos vendidos.

O festival ocorre no Espaço Náutico Marine Club, a partir das 17h, e além do Sepultura traz outros ícones do rock, como Caio MacBeserra (SP), Debrix (SP) e Álibi de Orfeu. Também estão no line representantes de diversas vertentes do rock paraense, como as bandas A Red Nightmare, Kartel, Geek Band e Rasengan. O público contará ainda com um amplo espaço com três palcos, 12 atrações, além de feira gastronômica, feira geek, flash tattoo, espaço gamer, concurso de cosplay, entre outros.

Belém vai receber a turnê de despedida da banda mundialmente famosa Sepultura.

O vocalista da banda Sepultura, Andreas Kisser conversou com o Você sobre os detalhes do show em Belém. A sensação que o artista transmite é a de tranquilidade e de dever cumprido. A banda criou um conceito ímpar de produção musical, com letras ricas e uma discografia que marcou a carreira dos músicos nesses 40 anos de trajetória. Andreas se diz despreocupado sobre o futuro dos integrantes da banda porque o importante agora é fazer os shows da turnê, que se estenderá até 2025, e proporcionar uma experiência sem igual aos fãs. O quarteto é formado ainda por Derrick Green, Greyson Nekrutman e Paulo Xisto.

“Estou muito feliz de ter essa oportunidade de fazer essa despedida em Belém, onde a gente não tocava há muito tempo. É uma bela oportunidade de celebrar os 40 anos junto com vocês. Nós começamos a fazer shows pelo Brasil desde março e outros lugares da América Latina. Não é um momento de tristeza, mas pelo contrário, é de agradecimento e de celebração. Quarenta anos é uma data muito especial e significativa dentro da música”, afirma Andreas.

Ele diz que o show traz um repertório bem completo, envolvendo toda a carreira da banda, com os seus vários discos. “Vamos levar a história do Sepultura, desde os primórdios até o último disco, ‘Quadra’, e estamos gravando um disco com os shows da turnê, incluindo o de Belém. A ideia é lançar 40 músicas gravadas em 40 cidades diferentes pelo mundo, então tem muita chance de Belém fazer parte disso. Não tem nada garantido ainda, mas estamos gravando tudo e, de acordo com as performances, a gente vai escolher essas 40 cidades”.

Em cima do palco, os artistas fazem um show à altura da trajetória da banda, com uma energia lá em cima, algo que é bem natural para os músicos, analisa o cantor.

“Acho que a gente não saberia nem fazer de outra forma. A gente se prepara bem, não só no dia do show, com exercícios também fora do palco. A banda não bebe mais, a gente cortou o álcool faz uns quatro anos, todo mundo está mais focado fisicamente e mentalmente. A gente ensaiou bem em São Paulo e antes de Belém, tem show em Fortaleza. Então esse pique faz parte do que fazemos nos shows em geral. A gente faz também um alongamento como se fosse jogar futebol. É uma hora e meia em cima do palco, então temos de estar preparados para isso. É o que a gente faz e gosta de fazer”.

Andreas diz ainda que é irrelevante buscar uma definição para o Sepultura de hoje.

“A gente é o que é. Sepultura é Sepultura, senão teria outro nome (risos). É uma eterna evolução. A gente nunca repetiu ou copiou um disco, sempre trouxe elementos novos, tanto de ritmos, de melodias, quanto de instrumentos incorporando a música brasileira e ritmos brasileiros e, até hoje, eu estudo música e, dentro dela, o violão. Tudo é uma influência, a gente viaja, por exemplo, e conhece bandas novas. O Sepultura já visitou mais de 80 países em 40 anos de história, então sempre tem alguma influência também”, declara.