Diversas exposições, exibição de filmes, danças folclóricas, desfiles, comidas típicas e iguarias da tradição japonesa fizeram parte das atrações que marcaram os cinco dias da 33ª Semana do Japão em Belém.
O evento começou no dia 12 de setembro e encerrou no último sábado (17), com uma vasta programação nas dependências da Associação Pan-Amazônia Nipo-Brasileira (APANB), em São Brás. Nos dois últimos anos – 2020 e 2021 – houve a suspensão da festividade por causa da pandemia.
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Para encerrar com chave de ouro a Semana do Japão, dezenas de convidados puderam presenciar de perto um pouco da cultura japonesa, com desfile folclórico, apresentação da banda Kotekitai e a roda de dança Bon-odori.
“Eu acompanho este momento desde 2018 e graças a Deus este ano recebemos este presente com o retorno das comemorações”, afirmou o universitário Davi Gemaque, de 22 anos.
“Hoje vim com um grupo de amigos e só temos elogios quanto ao evento, que além de estar todos os anos melhor, tem atraído um público cada vez mais interessado sobre o assunto, seja de participantes ou de visitantes”, parabenizou Gemaque.
Curiosa, Liliane Marques, 17, contou que participou de quase todas as oficinas oferecidas pelo festival, das quais o koto (instrumento musical de corda), ikebana (arranjo floral) e origami (dobradura de papel) foram os favoritos.
“Em casa sempre vejo os vídeos ensinando a fazer, mas quando você tem esse contato mais íntimo a experiência se torna mais interessante”, completou a estudante.
IMIGRAÇÃO
A Semana do Japão comemora também o “Dia Municipal do Imigrante Japonês” e o “Dia da Imigração Japonesa no Pará”, outorgados por meio da Lei nº 8.758 de 21 de junho de 2010 e da Lei 7.319, de 15 de outubro de 2009, respectivamente.
Os primeiros imigrantes chegaram à Amazônia há 93 anos, em Tomé-Açu, município do nordeste paraense, onde focaram o trabalho na lavoura.
De acordo com os organizadores do evento, o primeiro grupo de imigrantes veio no navio “Montevidéu Maru”. Nessa época, todos enfrentaram diversos desafios, dos quais o clima, vegetação, língua, costumes, alimentação foram alguns dos problemas pelo meio do caminho, sendo a malária o pior de todos, doença endêmica que vitimou dezenas de vidas.
Na década de 70, a comunidade japonesa alcançou o jubileu na safra da pimenta-do-reino. Desde então, o Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu atrai, todos os anos, milhares de turistas e pesquisadores do mundo inteiro.