Promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros são alguns dos objetivos principais da Semana Nacional de Museus, evento com programações que refletem a importância desses espaços. Nos museus do Estado do Pará, haverá palestras, oficinas, mesas-redondas a partir de hoje, 13, até o dia 19.
De acordo com a diretora do Museu do Estado do Pará (MEP), Tamyris Monteiro, a programação começa nesta segunda-feira com uma série de atividades. “Nós teremos uma programação bastante diversa, que contempla diferentes públicos em todos os aparelhos do Sistema Integrado de Museus e Memoriais. Haverá mesas-redondas e palestras referentes ao trabalho técnico e científico que é feito dentro dos museus, fazendo uma divulgação dessa pesquisa. Teremos uma vivência na Reserva Técnica de Arqueologia, para que as pessoas possam acessar o material que está sendo trabalhado do Museu da Consciência Negra”, detalha.
Além dessas programações, a diretora destaca pautas voltadas para a luta antimanicomial, cujo dia nacional é lembrado dia 18, e coincide com o Dia Internacional dos Museus. “Junto com o Conselho Regional de Psicologia, vamos fazer uma mesa-redonda para abrir a discussão, pautando a relação entre arte e saúde mental. Teremos, voltadas a esse público, oficinas de yoga e capoeira, uma vivência artística no Museu do Estado do Pará, que trata sobre os grafismos indígenas que estão em exposição na nossa galeria”, destaca Tamyris Monteiro.
DESTAQUE
Ampla e diversificada, a programação conta ainda com uma oficina de produção de miriti no Memorial da Navegação e um memorial no Museu de Gemas. “Vamos encerrar a semana com um cortejo do boi Marronzinho pelas ruas do Centro Histórico. É uma programação totalmente gratuita, tanto as palestras e mesas-redondas quanto as oficinas, sendo acessível a todos. A programação vai ficar toda disponível nas redes sociais da Secult”, convida a diretora do MEP.
“A ideia é que as pessoas participem desta semana e conheçam as atividades que estão em andamento nos nossos museus. As exposições que estarão abertas ao longo dessa semana continuarão nos meses seguintes. Nós temos a exposição ‘Eneida Simplesmente’ no Museu da Imagem do Som. Temos a exposição ‘Bancos Indígenas do Brasil – Grafismos’, no Museu do Estado do Pará, além das exposições permanentes do Museu de Arte Sacra, do Forte do Presépio, tudo isso continuará aberto”, enfatiza.
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Este trabalho é uma forma de difundir o que já é feito diariamente dentro dos museus, ressalta a diretora. “Então as nossas reservas técnicas continuam atuando diariamente, ao longo do ano, e as pessoas podem ter acesso, além de solicitar pesquisa. A ideia é a extroversão desse acervo cada vez mais. Os espaços museais têm um trabalho que é feito cotidianamente de salvaguardar e de difundir a memória e isso tem a ver com a nossa identidade”, analisa Tamyris Monteiro.
“O conhecimento dessas questões, de tudo que é trabalhado dentro dos museus, ajuda a nos fortalecer e a ampliar a visão sobre o que é a cultura paraense, as variadas formas de fazer as múltiplas linguagens artísticas que nós temos aqui. Além de fortalecer uma mentalidade a longo prazo de valorização da cultura e do patrimônio histórico e cultural do estado do Pará”, afirma a diretora Tamyris Monteiro.
MABE
No Museu de Arte de Belém (Mabe) a programação integrante da 22ª Semana Nacional de Museus será realizada de 15 a 18 de maio. Pela manhã, a programação inicia sempre às 10h, com mesas de debates e diálogos com artistas, pesquisadores e professores. À tarde, serão realizadas as oficinas, das 14h às 16h, no Atelier Ação Educativa do Mabe.
Este ano, a edição traz o tema “Museus, Educação e Pesquisa”, que apresenta uma reflexão sobre a atuação fundamental dos museus como impulsionadores de história, cultura e arte. E a semana ocorre em celebração ao Dia Internacional dos Museus, cuja data é 18 de maio.
