Salvaterra recebe Festival Marajoara das Canções, Cultura e Ecologia

TEXTO: WAL SARGES

Lugar de ritmos, cores e grandes belezas naturais, a Ilha do Marajó, no Pará, é palco do Festival Marajoara das Canções, Cultura e Ecologia – FEMCE, que ocorre de hoje até o domingo, 23, em Salvaterra. Alguns dos artistas convidados do festival são Mestre Damasceno, Gláfira, Alfredo Reis, Raidol e o grupo Pé de Cerrado (DF). Haverá ainda uma mostra competitiva de música autoral, com premiações em dinheiro e troféus para as três primeiras colocações. O primeiro colocado receberá R$ 5 mil; o segundo lugar, R$ 3 mil e o terceiro, R$ 2 mil. Outra categoria premiada será a de Melhor Intérprete, que levará R$1 mil e um troféu.

Esta é a primeira edição do festival, idealizado por Alfredo Reis. “Ele é diretor artístico e idealizador do festival, além de mestre de cultura, grande compositor, exímio conhecedor da Amazônia. Sendo conhecido por participar de festivais ao redor do país inteiro, nada mais justo que depois de 40 anos de carreira ele tenha o seu próprio festival, o seu sonho realizado. A cidade de Salvaterra foi escolhida porque é o berço da nossa família, da minha mãe e da minha avó”, explica a cantora Naieme, filha de Alfredo, que é a apresentadora do evento e assina a produção executiva do festival.

O evento busca ainda, de acordo com Naieme, mostrar o potencial da cultura marajoara. “Além de lançar novos artistas e criar conexões com outros que já estão na cena há mais tempo, queremos valorizar os mestres de cultura, os grupos de carimbó, as apresentações folclóricas do boi. Lembro que desde pequena eu participava de festivais com o meu pai e cheguei até mesmo a competir com ele, eu com as minhas músicas, ele com as dele. Para mim é uma honra estar ao lado dele neste momento”, afirma a cantora.

COMISSÃO FORMADA POR EXPERTS SELECIONOU 16 FINALISTAS

Dezesseis finalistas foram classificados para se apresentar no evento concorrendo às premiações. Os candidatos são de diversas origens do estado, como Cachoeira do Arari, Salvaterra, Soure, Curralinho, Breves, Belém e Ananindeua. “O principal objetivo é revelar novos talentos da região da Ilha do Marajó, que é o maior arquipélago fluvio-marítimo do mundo, grande em cultura, belezas naturais e na musicalidade. É trazer esses artistas para o protagonismo dentro de suas próprias cidades, falando da sua arte e sua realidade”, diz Naieme.

O processo de seleção dos competidores envolveu algumas etapas, com a seleção, feita por uma comissão julgadora. “Professores, compositores e cantores formam a equipe de seis especialistas que selecionaram os 16 finalistas, em mais de 200 inscrições que recebemos de vários locais do país, desde pessoas do Pará e da região Norte ao Sudeste”, conta a produtora executiva.