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Rogério Skylab aporta pela primeira vez em Belém

Há mais de 20 anos se cogita a vinda de Skylab para alguns dos festivais independentes de Belém, o que nunca ocorreu
Há mais de 20 anos se cogita a vinda de Skylab para alguns dos festivais independentes de Belém, o que nunca ocorreu

Da Redação

Pela primeira vez, Rogério Skylab e banda passarão em turnê por nove capitais das regiões Norte e Nordeste. Depois de Teresina (PI) e Manaus (AM), ele aporta em Belém, nesta sexta-feira, 5, a partir das 20h, no Studio Pub da Presidente Pernambuco.

Há mais de 20 anos se cogita a vinda de Skylab para alguns dos festivais independentes de Belém, o que nunca ocorreu. Em entrevista ao Você, ele diz que faltou um convite concreto. “Por outro lado, minha carreira se concentrou muito no eixo Rio-São Paulo, em função de minhas outras atividades. Isso não foi bom para a minha carreira. Estou saldando agora uma dívida com o Norte-Nordeste”, diz.

Com sua banda formada por Thiago Martins na guitarra, Pedro Aune no baixo e Gabriel Coelho na bateria, Skylab vai apresentar músicas de sua longa carreira, como “Matador de Passarinho”, “Você é Feia” e “Eu Fico Nervoso”. “É só perguntar aos meus fãs que eles te dizem quais músicas não podem faltar. Eu entendo. Gostam de dançar, de pular. Mas eu sempre abro brechas para as músicas estranhas, para serem ouvidas pela primeira vez”, acrescenta.

Surpreender, inclusive, tornou-se quase marca registrada do artista, que nunca tem papas na língua e já deu entrevistas icônicas, desde Jô Soares até os podcasts atuais. Ele só lamenta o fato de ter uma geração mais nova que o conhece mais como uma “personalidade” do que por sua produção artística. “Infelizmente sim. Conhecem pelo que eu falo e não pela minha música. São as minhas estratégias para fugir ao enclausuramento. Tem o seu ônus e o seu bônus”, considera.

Por essas e outras, fosse algumas décadas atrás, Skylab seria classificado como um “Artista Maldito”, nunca sendo convidado para grandes festivais, o que ele diz ser uma questão “das mais delicadas”, ligada a questões da indústria cultural. “De fato existem artistas de festival, artistas de Sesc, artistas identitários ligados ao movimento LGTQIA+, e existem artistas que estão sempre em deslocamentos – para esses, cada show é um leão que você tem que enfrentar. É o meu caso”, afirma.

Para além do palco, ele comenta os trabalhos mais recentes e futuros, como o livro “A Melodia Trágica”, que ele acaba de lançar pela editora Hedra. “Uma das atividades que eu me referi na primeira questão, é a de pesquisador. Esse livro procura uma nova história da música popular brasileira. E o campo da canção é um dos meus principais interesses. Quanto ao meu novo projeto na música, a ‘Trilogia do Fim’, tenho trabalhado com músicos contemporâneos importantes, como Cadu Tenório e Lois Lancaster”, orgulha-se.

Depois da passagem por Belém, o artista ainda segue para apresentações em São Luís (MA) e João Pessoa (PE) completando a primeira parte da turnê.

*Com colaboração de Tylon Maués.