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Rock Doido, Cultura e Festa: Gaby Amarantos celebra novo ciclo com o “Xarque”

Seu novo ciclo chega coroando um momento ascendente tanto na vida profissional quanto na vida pessoal. Confira a entrevista exclusiva para o Diário do Pará!

Rock Doido, Cultura e Festa: Gaby Amarantos celebra novo ciclo com o “Xarque”

Seu novo ciclo chega coroando um momento ascendente tanto na vida profissional quanto na vida pessoal, em que você tem demonstrado mais alegria e uma fase muito criativa. Há muito o que comemorar nesse “Xarque da Gaby”?

Um ciclo de muita alegria, de muita conquista e de continuar plantando também, pois isso é muito importante pra mim, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Comemorar o Xarque da Gaby vai além do meu aniversário, é comemorar esse momento da nossa cultura, exaltação da nossa música, de tudo que vai acontecer no nosso estado, principalmente pra gente celebrar o rock doido, com esse movimento cultural incrível que já acontece há anos em Belém e agora está pronto para ganhar o mundo.

Então, estou muito feliz de reunir tantos artistas, trazer as pessoas para conhecerem mais da nossa cultura, porque quando a gente fala de preservar a Amazônia, a gente tem que falar de preservar os povos da Amazônia. E a música é essa ferramenta extraordinária na questão da preservação da floresta.

A festa do ano passado já deu o que falar…o que já podemos adiantar sobre o que está preparando para este “Xarque da Gaby”?

Menina, deu o que falar essa festa mesmo! Na verdade, eu nem imaginei que o “Xarque da Gaby” faria tanto barulho. Começou de uma forma muito natural, acho que por isso que eu entendi, ali naquele momento, que isso era uma coisa que deveria acontecer mais vezes. As pessoas ficaram tão felizes por eu ter celebrado em Belém, trazendo as pessoas de fora, porque a gente adora receber, mas exaltando os nossos artistas.

Teve um momento que todas as mulheres do nosso movimento, da nossa música, subiram no palco. Foi um momento icônico de poder estar juntas. Eu aprendi que esse movimento só se faz com união, uma puxando a outra. Esse ano, o Xarque da Gaby cresceu e teremos um lineup musical maior. Vai ter uma vibe tipo festival, com vários DJs, e atrações surpresas que vocês só vão saber na hora.

Pra quem não é de Belém ou não entende o que é o “Rock Doido”, como é que traduziria isso, na versão Gaby?

Pra mim, o rock doido é a euforia da música paraense, é aquele momento mais frenético que o tecnomelody se transforma em algo cibernético, em pirotecnia. É um momento de grande êxtase. E o mais incrível disso tudo é que é um êxtase musical e cultural que a gente sente, que a gente vibra como se a gente estivesse em um estado de “entorpecência”, sem usar nada, apenas a euforia natural do ser humano.

E o Brasil precisa de rock doido, o Brasil precisa entender a cultura da aparelhagem, dessa batida pulsante. E eu estou muito feliz de ser essa pessoa que leva esse momento pro mundo conhecer. As pessoas aqui de Belém já conhecem, agora vamos levar para o mundo inteiro.

No seu trabalho, nos seus projetos, você tem levado à frente sempre essa defesa da riqueza da periferia. Qual a importância da periferia para a tua criatividade?

A periferia pra mim é tudo, além de eu ser um fruto da periferia, o rock doido é mais um fruto que a periferia produz. Então é muito bom a gente ver esses movimentos periféricos assim como o rock doido, o funk, o trap, o próprio pagode. A gente vê esses movimentos culturais ganhando cada vez mais relevância, espaço, público, prêmio. Então é inteligência criativa do povo periférico.

Logo mais, em setembro, vais tomar parte de um momento importante, como embaixadora do Festival Amazônia para Sempre. Como está se preparando para esse show? Qual a emoção disso?

Estou pronta para o Amazônia Live, sou embaixadora do projeto junto com a Vale. Eu estou tão feliz, esse momento tão icônico, o Brasil com a cara do Pará, é muito bonito da gente poder ver, e é muito bonito da gente poder celebrar também. Porque vamos receber uma artista internacional que é a Mariah Carey, e teremos esse momento com artistas paraenses que o Brasil conhece, que o Brasil já ouve.

Desde Joelma, que é uma artistas que o Brasil tanto ama, Dona Onete que é uma artista mais velha, como a Zaynara, que é uma artista que está começando a ganhar o seu espaço e entro em um papel muito de complementar essa diversidade. Nossa, vai ser muito feliz, muita alegria, nós estaremos muito felizes. O palco é lindo, o repertório é lindo e eu tenho certeza que vai ser um momento de muito orgulho e emoção, não só para o povo do Pará, mas do Brasil e do mundo, porque tudo é para poder celebrar a nossa floresta.

Confira alguns momentos do “Xarque da Gaby”