FOTOGRAFIA

“(Re)encontros” celebra 50 anos da Universidade da Amazônia

A fotografia incisiva de Luiz Braga, em “Asa, Trapezista e Corredor” (2001), captura a ação e a energia do movimento humano.

“Agouro: Quem nos Olha”, foto de Alberto Bitar na mostra.

FOTO: alberto bitar/divulgação
“Agouro: Quem nos Olha”, foto de Alberto Bitar na mostra. FOTO: alberto bitar/divulgação

A fotografia incisiva de Luiz Braga, em “Asa, Trapezista e Corredor” (2001), captura a ação e a energia do movimento humano. A série “Paisagem Desabitada” (2006), de Fábio Okamoto, evoca a solidão e a ruína do espaço urbano. Os dois participam da mostra “(Re)encontros”, que celebra os 50 anos de história da Universidade da Amazônia, junto a trabalhos atuais de artistas e professores convidados, como Rosângela Britto, Sanchris Santos, Jorge Eiró, Alexandre Sequeira e Emanuel Franco. A mostra abre hoje, 11, às 19h, no Museu de Arte da Universidade da Amazônia – Galeria Graça Landeira.

A mostra é resultado do trabalho coletivo de curadoria de uma disciplina da turma concluinte do 8º semestre da graduação em Artes Visuais, que pesquisou o acervo de arte em diversas aulas realizadas na reserva técnica da instituição, sob coordenação do professor Mariano Klautau Filho e assistência da mestranda Yasmin Gomes.

“Em primeiro lugar, trata-se de um importante acervo de arte que a instituição possui e que precisa ser constantemente olhado, pesquisado e exibido. Mais importante ainda é que foi um trabalho curatorial realizado pelos alunos. Foram eles que atuaram na reserva técnica, observando e selecionando as obras. Isso tem um valor pedagógico enorme para quem está se formando em Artes Visuais, ter a consciência de que precisamos ter acervos de arte para estudar o processo histórico das produções dos artistas daqui e de outros lugares”, disse Mariano Klautau, professor da graduação de Artes Visuais e da Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura.

Ele destacou ainda o que o público poderá conferir na exposição: “Temos um belo trabalho de Lise Lobato, um misto de escultura em papel em plano bidimensional, que estava sem ser mostrada na Graça Landeira há mais de 15 anos. É uma obra de grande formato, um ótimo exemplo da produção da artista. Temos também um díptico fotográfico da Danielle Fonseca, a pintura ‘Caixa de Ferramentas’ de Flávio Araújo, a fotografia noturna e urbana de Alberto Bitar, além de obras dos professores artistas convidados para a exposição”, enumera.

Para a aluna Emily Guimarães, o destaque é a potência do encontro, seja entre artistas de diferentes gerações ou entre linguagens diversas que, ao serem colocadas lado a lado, tecem novas narrativas e significados. “Para mim, esse momento representa um território de resistência, um espaço onde honramos legados enquanto, como alunos, temos a liberdade de recriar o novo, reafirmando a arte como uma força viva”, pontuou.