Cinco iniciativas culturais do Pará foram selecionadas no Programa Rouanet nas Favelas, lançado nesta terça-feira, 10, no Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR). São eles: Cores do Pará – Colorindo Favelas de Belém, Batalha de São Brás: Copa Paraense de Rimas; 1° Feira Margem de Arte Gráfica da Amazônia Nortista, Escola de Samba Mirim o Rancho do Amanhã; e Flor da Infância- O Boi na Rua.
Belém (PA), São Luís (MA), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Goiânia (GO) receberam as ações no ano passado, na primeira edição do programa. Desta vez, serão contemplados Recife (PE) e, pela primeira vez, capitais no Sudeste, tais como Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES), além de Brasília (DF), no Centro-Oeste. Os segmentos que serão atingidos nesta edição são: Artes Cênicas, Música, Artes Visuais e Literatura, com a preocupação de olhar para a arte religiosa, a cultura afro-brasileira, popular e tradicional e a cultura urbana que está dentro dos territórios de favela e agora passam a ter recursos de incentivo fiscal.
Na oportunidade, estiveram presentes a ministra da Cultura, Margareth Menezes; o presidente da Vale, Gustavo Pimenta; a presidenta nacional da Central Única das Favelas (Cufa), Kalyne Lima; o presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo Barreto; e o secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural do MinC, Henilton Menezes.
Belém recebe novamente em 2025 as ações de incentivo em função da realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30). É o que detalhou o presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo Barreto.
“Pensamos que seria pertinente repetir as ações em Belém por conta da realização da COP, então, a gente quer que essas ações culturais sejam desenvolvidas próximas à realização da COP. O critério é cada vez mais abrir essa possibilidade em mais municípios, e a cada edição, os recursos sejam distribuídos de forma mais justa e equilibrada, dando acesso a todos”.
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Edital do Programa Rouanet nas Favelas
O edital do Programa Rouanet nas Favelas é realizado por meio de chamadas públicas anuais. A previsão de investimento é de R$ 5 milhões, oriundos de incentivos fiscais concedidos por meio da Lei Rouanet e patrocínio da Vale. O montante será distribuído igualmente entre as cinco novas cidades contempladas, fomentando a produção cultural nas comunidades dessas cidades.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, disse que com o acontecimento da COP-30, há uma expectativa muito forte quanto à preparação da capital paraense.
“É um momento muito especial que o Brasil está passando e podemos ver, com isso, a repetição de ações internacionais ocorrendo em nosso país. Com a COP-30, que traz essa expectativa de conhecer a realidade da Amazônia, nós estamos concentrados em Belém e apoiando o Governo do Estado do Pará e a Secretaria de Cultura nesse processo de construção cultural. A nossa intenção de repetir o Rouanet nas Favelas no Pará é preparar o ambiente, fortalecer o acontecimento de cultura para essa oportunidade que teremos da COP em Belém”, explicou a ministra, ressaltando o papel importante que o Brasil tem vivido, com a realização de grandes encontros, tais como o do Mercosul; do G20, além do Brics que ocorrerá nos próximos anos.
Na perspectiva da cultura, a agenda está bem intensa voltada para a COP.
“Nós estamos ampliando a exposição ‘Maranhão, Terra indígena’ para a mostra expositiva ‘Brasil, Terra indígena’, em parceria com o Museu Emílio Goeldi, que vai abrir durante a COP do ano que vem. É realizada em parceria com a equipe da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. Estamos ainda apoiando a Bienal das Águas, que é um barco obra de arte que está circulando por comunidades ribeirinhas dos estados da Amazônia e chegará até a COP. Então, são várias ações na área de revitalização do Centro Histórico, do Cine Olympia, que é o cinema de rua mais antigo do Brasil, que vai abrir renovado com projeções, entre outras ações, como o Museu das Amazônias, que é uma parceria com o Governo do Estado e vai abrir na COP, no Galpão do Porto Futuro com uma grande exposição”, informou em primeira mão, o presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo Barreto.
