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Pinduca agora é Patrimônio Cultural Imaterial do Pará

O legado musical de Aurino Quirino Gonçalves, mais conhecido como Pinduca, acaba de receber o mais alto reconhecimento cultural do Pará.

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Conhecido como o "Rei do Carimbó", Pinduca iniciou sua carreira nos anos 1960 e é reconhecido por modernizar o gênero
Conhecido como o "Rei do Carimbó", Pinduca iniciou sua carreira nos anos 1960 e é reconhecido por modernizar o gênero

Belém - O legado musical de Aurino Quirino Gonçalves, mais conhecido como Pinduca, acaba de receber o mais alto reconhecimento cultural do Pará. As obras do cantor, compositor, instrumentista e musicista foram declaradas Patrimônio Cultural e Artístico de Natureza Imaterial do Estado do Pará. A Lei foi sancionada pelo governador Helder Barbalho nesta quarta-feira (16), após aprovação unânime na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa).

O Projeto de Lei nº 507/2023, de autoria do deputado Wescley Tomaz (Avante), tem como base o artigo 286 da Constituição Estadual e reconhece oficialmente a contribuição do artista para a identidade cultural paraense.

“Pinduca é símbolo da cultura popular do Pará. Sua obra é referência não apenas no estado, mas em todo o Brasil, e agora está protegida como patrimônio do povo paraense”, afirmou o parlamentar.

O Rei do Carimbó

Nascido em Igarapé-Miri, em 4 de junho de 1937, Pinduca iniciou sua carreira na década de 1960 e se tornou um dos maiores nomes da música paraense. É considerado o pioneiro na modernização do Carimbó, ritmo tradicional da região Norte. Foi ele o responsável por inserir instrumentos elétricos e bateria no gênero, criando uma nova roupagem que atravessou gerações.

Sua música rompeu fronteiras e conquistou públicos em todo o Brasil e no exterior. Canções como “Marcha do Vestibular” tornaram-se verdadeiros hinos populares, especialmente entre estudantes, marcando celebrações e momentos especiais.

Reconhecimento e Premiações de Pinduca

Em 2017, o artista recebeu indicação ao Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Raízes Brasileiras, com o disco “No Embalo do Pinduca”, reforçando seu reconhecimento não só regional, mas também nacional e internacional.

Reconhecimento à altura do legado

Com a sanção da nova lei, o Estado do Pará reafirma o compromisso de preservar, valorizar e difundir a obra de um artista que dedicou sua vida à música e à cultura popular.

A partir de agora, a obra de Pinduca passa a integrar o acervo imaterial paraense, o que pode abrir caminhos para políticas públicas de fomento, apoio à pesquisa, divulgação em escolas e ações de preservação da memória musical do estado.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.