Da Redação
Neste domingo, 10, o famoso Teatro Dolby, em Los Angeles, voltará a reunir os grandes nomes do cinema internacional para a premiação mais importante da sétima arte. A 96ª edição do Oscar será transmitida ao vivo para mais de 200 países – no Brasil, apenas pelos canais pagos HBO Max e TNT, iniciando com a cobertura do tapete vermelho, às 19h, e a cerimônia, a partir das 20h. A cerimônia será apresentada mais uma vez pelo comediante Jimmy Kimmel e contará com performances de artistas como Billie Eilish e Ryan Gosling.
Alguns filmes surgem como grandes favoritos para as principais categorias, especialmente depois de terem saído vencedores de premiações que antecedem o Oscar, organizadas pelos sindicatos de profissionais da indústria cinematográfica – e que também fazem parte dos votantes do Oscar, por isso servem como indicativos do que pode ser resultado desta noite.
Um deles é “Oppenheimer”, vencedor de melhor produção pelo Sindicato dos Produtores (PGA), de melhor elenco de filme no SAG Awards, o prêmio do sindicato dos atores dos Estados Unidos, vencedor do Globo de Ouro de melhor filme, ator e diretor, e vencedor em sete categorias do Bafta, principal premiação do cinema britânico – melhor filme, melhor direção para Christopher Nolan, melhor ator para Cillian Murphy, melhor ator coadjuvante para Robert Downey Jr. e ainda melhor fotografia, montagem e trilha sonora, para Ludwig Göransson.
“Oppenheimer” é esperado como o grande vencedor da noite, também por ser o filme com maior quantidade de indicações ao Oscar. Compete em 13 catagorias, incluindo as de melhor filme e melhor direção, à frente de “Pobres Criaturas” e “Assassinos da Lua das Flores” (com 11 indicações, cada) e “Barbie” (com 8 indicações).
Já entre as categorias de atuação, a noite promete ser de expectativa pelas disputas acirradas. Uma delas, para o troféu de melhor atriz, que tem Lily Gladstone, por seu trabalho em “Assassinos da Lua das Flores”, e Emma Stone, por “Pobres Criaturas”, entre as favoritas – ainda estão indicadas Annette Bening, por “Nyad”, a elogiadíssima Sandra Hüller, por “Anatomia de uma queda”, e Carey Mulligan, por “Maestro”.
Emma Stone já venceu o Oscar em 2017, por “La La Land”, e se ganhar esta noite se une a um seleto grupo de atrizes vencedoras de duas estatuetas, entre elas, Meryl Streep e Jodie Foster. Ela também concorre como produtora de “Pobres Criaturas”.
Outro grande sucesso da temporada, “Barbie” foi indicado a melhor filme, melhor ator coadjuvante (Ryan Gosling), melhor atriz coadjuvante (America Ferrera), melhor roteiro adaptado, figurino, design de produção e melhor canção original (com “What Was I Made For”, de Billie Ellish, e “I’m Just Ken”, interpretada por Ryan Gosling), mas a Academia esnobou a diretora Greta Gerwig e a protagonista Margot Robbie.
Se Christopher Nolan é um dos favoritos ao Oscar de melhor direção, a competição é dura com Martin Scorcese, indicado pela décima vez pelo elogiado “Assassinos da Lua das Flores”.
Aos 81 anos, Scorcese é um dos indicados mais velhos deste ano, abaixo do compositor John Williams, de 92 anos, autor das trilhas mais icônicas do cinema, indicado ao prêmio de melhor trilha sonora original pelo filme “Indiana Jones e A Relíquia do Destino”.
O Brasil, por mais um ano, ficou de fora da premiação. Na categoria de melhor filme internacional, concorrem o italiano “Eu, Capitão”, “A Sala dos Professores” (Alemanha), “Zona de Interesse” (Reino Unido) e “Dias Perfeitos” (Japão) – estes dois últimos ainda em cartaz em Belém.
Para os cinéfilos, o melhor da noite é exatamente a expectativa para ver quais apostas se confirmarão ou quais zebras a Academia de Artes Cinematográficas reserva, além do próprio espetáculo do Oscar, com direito sempre a discursos polêmicos e surpresas. Peguem a pipoca.