A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) apresenta hoje, 2, o concerto “Viva a Ópera!”, com árias bem conhecidas e solistas paraenses convidados. Será às 20h, no Da Paz. A apresentação faz parte da Temporada Lírica, que iniciou mês passado e terá no palco do Theatro da Paz somente cantores que já atuam na cena lírica paraense.
“Estamos mostrando um pouco do que foi conquistado ano passado com o nosso primeiro ano da Academia de Ópera, trazendo cantores relativamente iniciantes e colocando ao lado de cantores já muito experientes, profissionais dos nossos festivais e rostos conhecidos do público que tem frequentado as nossas óperas. É um conceito importante, que a mostra a nossa responsabilidade com a cadeia produtiva da ópera com os cantores e cantoras que estamos formando”, falou Daniel Araújo, diretor do Da Paz e diretor geral do Festival de Ópera.
O programa do 2º Concerto da Temporada 2023 da OSTP contará com trechos das óperas “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioachino Rossini; “La Traviata” e “A Força do Destino”, de Giuseppe Verdi; “O Elixir do Amor”, de Gaetano Donizetti; “Rigoletto”, de Giuseppe Verdi; “Fausto”, de Charles Gounod; “Suor Angelica” e “Madama Butterfly”, de Giacomo Puccini e “Carmen”, de Georges Bizet.
O maestro titular da OSTP, Miguel Campos Neto, recebe no palco o tenor Alexsandro Castro, o barítono Idaias Souto e as sopranos Kézia Andrade, Lys Nardoto e Thayna Souza.
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“É muito boa a fase que o TP vive, aberto a todas as manifestações artísticas e fazeres musicais. Só que existe na ópera essa vocação dessa casa de espetáculos, dessa orquestra. A OSTP é uma orquestra de ópera. Sempre que voltamos a esse tipo de repertório tem algo de especial, e nós temos nesse repertório algumas das árias mais conhecidas do repertório lírico. Então o público vai ouvir nosso talentosos artistas que, ou são paraenses, ou já atuam no Pará. Vai ouvir a sua orquestra. Além de tudo, é uma espécie de esquenta para o Festival de Ópera”, diz Miguel Campos Neto.
Logo em seguida virá o Carnaval sinfônico e as óperas já no primeiro semestre, a OSTP decidiu já ir esquentando o repertório com óperas. “Hoje a gente traz gente de fora para manter ele internacional, mas já temos músicos e cantores suficientes para uma programação completa e de alto nível. E são ópera que já caíram no gosto popular”, destaca. “Teremos a Lys Nardoto, por exemplo, que vai cantar árias com colaratura, que são notas rápidas, difíceis de cantar. E eu garanto que todo mundo que vier vai curtir”.
DESAFIO
“É sempre um grande prazer estar aqui no Theatro da Paz, com músicos que eu amo. O maestro é excelente. E o palco é o lugar que eu gosto de estar, é minha segunda casa. É um presente cantar aqui e especialmente árias de ópera. Nesse caso, árias das óperas ‘La Traviata’, ‘Rigoleto’, que eu tenho um grande carinho, já fiz elas”, diz Lys. Ela explica os desafios ao cantar árias com colaratura, que “se dá em alguma parte da música que tem muitas notas e ‘La Traviata’. Essa ária em si, de fato tem dificuldade. A gente tem de estudar, treinar muito”, diz a artista, que é justamente uma soprano coloratura, com essa capacidade de cantar muitas notas com agilidade e precisão.
De acordo com Jena Vieira, diretora artística do Festival de Ópera, os artistas selecionados têm cantado frequentemente no Festival de Ópera e participado de concursos e já se consagraram por seus níveis de excelência. “O Governo do Pará tem investido muito nos artistas e técnicos da ópera por meio de cursos de formação e do próprio Festival de Ópera. Ter cantores paraenses neste concerto é uma decorrência natural deste investimento na economia criativa da ópera no nosso Estado”, diz.
