Orquestra Sinfônica faz uma noite com Villa-Lobos

Orquestra Sinfônica faz uma noite com Villa-Lobos

Sob
a batuta do maestro convidado Cláudio Cohen, a Orquestra Sinfônica do Theatro
da Paz (OSTP) apresenta nesta quinta, 25, às 20h, um concerto especial, ainda
dentro das comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. No
repertório, estarão algumas das obras mais icônicas de Heitor Villa-Lobos, uma
das referências da música no movimento modernista. A noite ainda contará com a
participação especial da soprano brasiliense Lys Nardoto, nome de destaque na
cena lírica nacional. A entrada é franca.

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“A
música de Villa-Lobos retrata de forma fiel os princípios defendidos na Semana
de Arte Moderna, no sentido de um fim do formalismo acadêmico e da
ressignificação dos clássicos universais por meio da quebra dos paradigmas
clássicos até então vigentes”, lembra Cláudio Cohen, que vai reger a OSTP pela
primeira vez, com a expectativa de uma bela noite.

“O
Theatro da Paz tem uma ótima orquestra, com músicos de alto nível e que contam
com muita dedicação e experiência. Está sendo uma satisfação trabalhar com
eles”, declara o maestro convidado.

 











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Filho
de mãe paraense, Cláudio nasceu em Belém, mas foi criado em Brasília, de onde
construiu uma carreira reconhecida na música clássica, e onde ajudou a fundar a
Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, de onde é maestro
titular desde 2011. De Brasília, ganhou prêmios e o mundo, atuando como maestro
em orquestras de uma lista grande de países: EUA, México, Áustria, Hungria,
Sérvia, Polônia, Portugal, Bulgária, Finlândia, Itália, Argentina, Chile,
Equador, Catar, República Tcheca, Espanha, Israel, Romênia e, finalmente Brasil.

Para
a noite desta quinta, promovida pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult),
Theatro da Paz e Academia Paraense de Música (APM), o maestro e a OSTP
selecionaram as “Bachianas Brasileiras nº 1” para orquestra de 8 violoncelos –
“uma obra desafiadora técnica e musicalmente para cada um dos oito solistas”,
lembra Cohen -, “Bachianas nº 7” para uma orquestra sinfônica completa, que
segundo o maestro mostra a força e exuberância da música de Villa-Lobos, e as
“Bachianas nº 9”, composta para orquestra de cordas.

O
maestro entende que as “Bachianas Brasileiras” estão entre as mais
representativas da vasta obra musical de Villa-Lobos. “Entre 1930 e 1945,
Villa-Lobos compôs a série das ‘Bachianas Brasileiras’, nove composições que
têm na diversidade a sua marca registrada, desde a grande formação sinfônica
até um pequeno grupo de câmara, como é o caso das ‘Bachianas nº 6’, para flauta
e fagote”, explica o maestro, destacando que as obras mesclam a técnica
composicional de Johann Sebastian Bach, com elementos culturais e folclóricos
da música brasileira, coletados pelo compositor em suas viagens pelo país.

O
programa se completa com as quatro canções da “Floresta do Amazonas”, onde se
encaixa a performance da cantora convidada, Lys Nardoto. “É um poema sinfônico de
grande densidade, que retrata com muita propriedade a exuberância da nossa
natureza. São belas canções, na excelente interpretação de Lys, que já conheço
desde o seu début como ‘pastora’ na ópera ‘Tosca’, de Puccini, em Brasília.
Acho que ela tinha uns 10 anos de idade”, elogia Cohen, que foi colega do pai
de Lys, violinista na Orquestra Claudio Santoro.