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Olympia de Rua: sessões de curtas-metragens serão exibidos no domingo

Enquanto passa por um processo de restauração, o Cine Olympia vai oferecer sessões de cinema na rua. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Enquanto passa por um processo de restauração, o Cine Olympia vai oferecer sessões de cinema na rua. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Enquanto passa por um processo de restauração, o Cine Olympia vai oferecer sessões de cinema na rua. Isso mesmo, a iniciativa faz parte da gestão compartilhada da Prefeitura de Belém e o Instituto Pedra, enquanto o prédio passa por obras de requalificação.

É uma nova fase de interação com o público. No próximo domingo, 9 de junho, às 18h, acontece a primeira edição do “Olympia na Rua”, uma mostra de cinema a céu aberto, que promete ser um marco cultural na cidade. A iniciativa contará com dez sessões gratuitas ao longo dos meses em que o Cinema Olympia estará fechado para obras e será uma forma para matar a saudade e manter viva a tradição do cinema público.

A mostra de cinema a céu aberto “Olympia na Rua” contará com projeções de filmes e debates. Esta primeira edição é uma homenagem aos criadores e cineastas de Belém, com a exibição de quatro curtas-metragens de destaque:

“Brinquedo Perdido” (1962), de Pedro Veriano – 8 Minutos

“Onda: Festa da Pororoca” (2005), de Cássio Tavernard – 12 Minutos

“O Rapto do Peixe Boi” (2009), de Cássio Tavernard – 12 Minutos

“Cadê O Verde Que Estava Aqui” (2011), de Biratan Porto – 11 Minutos

Estrutura – A curadoria dos filmes é assinada por Marco Antônio Moreira, presidente da Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA), que também será o apresentador do evento, que será realizado na Rua Arcipreste Manoel Teodoro, em frente ao Cinema Olympia, com uma estrutura coberta para 100 pessoas. Estarão disponíveis banheiros químicos, equipe de segurança e primeiros-socorros, intérprete de Libras e sistemas profissionais de projeção e som. Pipoca será oferecida aos presentes para completar a experiência cinematográfica.

Parcerias e Apoios

A requalificação do Cinema Olympia é gerida pelo Instituto Pedra, em parceria com a Prefeitura de Belém, através da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), e com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O projeto conta com patrocínio master do Instituto Cultural Vale e copatrocínio do Banco da Amazônia, além de ter sido selecionado pelo edital Resgatando a História, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A presidenta da Fumbel, Inês Silveira, expressa a satisfação em iniciar as exibições: “Esta iniciativa visa reaproximar o público e mantê-lo informado diretamente sobre as obras de requalificação do cinema. É a prefeitura desempenhando seu papel de fomento à cultura e cuidados com o nosso patrimônio”.

Além dela, o evento contará com a presença de autoridades locais como o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, a superintendente estadual do Iphan, Cristina Vasconcelos Nunes, e o presidente do Instituto Pedra, Luiz Fernando de Almeida. Representantes do Instituto Cultural Vale e do Banco da Amazônia também estarão presentes.

“Além de ser um ótimo programa cultural e uma oportunidade de conhecer mais sobre a cinematografia local, esses encontros serão uma forma de manter o público belenense e todos os fãs do cinema por dentro das atualizações do processo de restauração. O retorno do Olympia em 2025 já é uma realidade e todos estão convidados a participar desse processo”, afirma Luiz Fernando de Almeida.

Requalificação do Cinema Olympia

O projeto de requalificação inclui a restauração e modernização tecnológica do espaço, medidas de acessibilidade, plano de manutenção, gestão e programação cultural, visitas monitoradas e a produção de um videodocumentário sobre a história do Cinema Olympia.

O diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo Barreto, informa que o Instituto soma esforços para restaurar e revitalizar alguns dos patrimônios históricos e culturais mais importantes, não só da cidade, mas do estado e de toda a região amazônica. “Este é um projeto muito simbólico, tanto pelo impacto no cenário cultural e fomento do setor audiovisual, quanto pela democratização do acesso à cultura”, ressalta.