FOLHAPRESS
Nesta sábado (5) o acidente que matou Marília Mendonça, ícone da música sertaneja, completará um ano. A cantora voava em um bimotor da empresa PEC Taxi Aéreo que caiu durante o pouso, que aconteceria no aeroporto de Caratinga, em Ubaporanga, cidade próxima a Belo Horizonte (MG). A aeronave se aproximava do pouso quando colidiu com cabos de alta tensão de uma torre de distribuição e caiu no vale do Rio Doce.
Também morreram na queda Abicieli Silveira Dias Filho, assessor e tio da cantora, Henrique Ribeiro, seu produtor, o piloto Geraldo Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana. A perícia feita pelo Instituto Médico Legal, o IML, nos corpos das vítimas mostrou que os cinco morreram de politraumatismo, causado pelo impacto da aeronave no solo.
A investigação do acidente é conduzida pelo Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos, da Força Aérea Brasileira, a FAB, e não tem como finalidade identificar os culpados pelo acidente, mas ajudar a prevenir novos casos semelhantes.
Segundo o órgão, “a investigação está em fase final e terá o menor prazo possível para a conclusão, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”.
Segundo o Cenipa, o próximo passo envolve discutir a versão inicial do relatório com representantes credenciados dos países que atuaram na fabricação da aeronave e dos motores. “Concluídas as análises, serão emitidas as recomendações de segurança”, informa o órgão da FAB.
À época do acidente, exames toxicológicos e para detecção de doenças preexistentes realizados pelo IML de Minas Gerais descartaram a hipótese de que o piloto e o copiloto do avião que transportava a cantora Marília Mendonça tenham tido problemas de saúde ou feito uso de substâncias psicotrópicas. A hipótese de que a aeronave tivesse sido atingida por arma de fogo também já havia sido descartada.
“A gente vai traçando hipóteses e, à medida que vão sendo descartadas, vamos avançando com as investigações”, afirmou. “Entra agora [o inquérito] numa fase de aguardar os laudos do Cenipa”, disse o delegado Ivan Lopes, da Polícia Civil, responsável pela investigação do acidente.
Em maio, o Superior Tribunal de Justiça, o STJ, determinou que a investigação do caso é competência da Justiça estadual de Minas Gerais. O ministro Antonio Saldanha Palheiro considerou que, com as informações sabidas até o momento, não havia elementos que justificassem a atuação da Polícia Federal.
Na manhã desta sexta, a Polícia Civil de Minas Gerais dará mais detalhes sobre a investigação da morte da cantora em uma entrevista coletiva.