Entretenimento

Ney Matogrosso volta a Belém e coloca seu 'Bloco na rua'

Ney Matogrosso, 82, ironiza seu estado de saúde após boatos. O cantor provocou e pediu para que olhassem como ele "está mal".
Ney Matogrosso, 82, ironiza seu estado de saúde após boatos. O cantor provocou e pediu para que olhassem como ele "está mal".

Ney Matogrosso volta a Belém nesta véspera de feriado para levar ao palco do Hangar o seu novo show “Bloco na rua”. Aos 82 anos, o intérprete reuniu músicas de seu repertório com músicas gravadas e conhecidas com outros artistas. A nova turnê estreou no Rio de Janeiro com sucesso de crítica e público.

O novo show surgiu em meio às apresentações de Ney com a turnê “Atento aos sinais”, com a qual ele ficou cinco anos viajando pelo Brasil e exterior e que se transformou em CD e DVD.

“Não é um show de sucessos meus, mas quis abrir mais para o meu repertório. Dessa vez eu misturei coisas que já gravei com repertório de outras pessoas”, pontua o cantor, sobre o show que apresenta esta noite, ao lado da mesma banda estrelada que já vinha tocando com ele na turnê anterior, com o brilho de um naipe de metais: Sacha Amback (direção musical e teclado), Marcos Suzano e Felipe Roseno (percussão), Dunga (baixo), Mauricio Negão (guitarra), Aquiles Moraes (trompete) e Everson Moraes (trombone).

O show, mesmo encurtado por causa da quantidade de atrações, levou ao êxtase a plateia do festival The Town, recentemente em São Paulo. E o repertório é bastante diverso: entre as canções no set list, estão “Eu quero é botar meu bloco na rua” (Sergio Sampaio), que inspirou o nome do show, “A Maçã” (Raul Seixas), “Álcool (Bolero Filosófico)”, da trilha original do filme “Tatuagem”,“O Beco” (Herbert Vianna/Bi Ribeiro), que Ney gravou nos anos 1980 e “Mulher Barriguda” (Solano Trindade/João Ricardo), gravada em 1973, no primeiro álbum dos Secos e Molhados.

Também estão no roteiro duas canções lançadas por Ney junto co mFAgner, em um compacto duplo de 1975: “Postal do Amor”(Fagner/Fausto Nilo/Ricardo Bezerra) e “Ponta do Lápis” (Clodô/Rodger Rogerio). Ainda estão músicas como “Jardins da Babilônia” e “Corista de Rock”, de Rita Lee, e “Pavão Misterioso”, de Ednardo, além de sucessos da MPB, mas que Ney nunca havia interpretado. Caso de “Como 2 e 2” (Caetano Veloso) e “Feira Moderna”( Beto Guedes/Lô Borges/Fernando Brant).

VISUAL

Além da interpretação precisa, com a voz de Ney que se mantém cristalina, claro que a expectativa dos fãs é pela visualidade do espetáculo, um ponto sempre cultivado por Ney enquanto artista. Neste show, não é diferente.

Luiz Stein assina o cenário, composto por projeções, enquanto Juarez Farinon fez o desenho de luz, com supervisão do próprio Ney. Já o figurino tem um plus a mais para o público do Pará: foi totalmente criado, sob medida para o cantor, pelo estilista paraense Lino Villaventura, que envolve um collant brilhante e uma espécie de crista na cabeça. Como o animal exuberante que Ney sempre foi.