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Nany People volta a Belém em “Como Salvar um Casamento”

Com texto de Bruno Motta e Daniel Alves, a atriz interpreta uma coach de relacionamentos, pronta para dar conselhos e pitacos sobre casais.
Com texto de Bruno Motta e Daniel Alves, a atriz interpreta uma coach de relacionamentos, pronta para dar conselhos e pitacos sobre casais.

Aline Rodrigues

Da fecundação do óvulo pelo “espermatozoide machista” ao casamento de longa data, passando pelos novos formatos de relação, e pelas brigas conjugais, relacionar-se sempre foi um grande desafio. Mas também é possível rir dos altos e baixos da vida a dois. É esse passeio que a atriz e comediante Nany People levará ao público no espetáculo “Como Salvar um Casamento”, em única apresentação, neste sábado, 18, no Teatro do Sesi, às 20h. Com texto de Bruno Motta e Daniel Alves, a atriz interpreta uma coach de relacionamentos, pronta para dar conselhos e pitacos sobre casais.

“Quando o texto foi escrito, ele foi inspirado na separação dos meus irmãos. Hoje, eles estão casados de novo, e nesse período, muitos amigos também se casaram e se separaram. Mas as celeumas continuam. Tem uma frase do Bruno que resume muito bem: ‘Homens e mulheres se completam, mas não se entendem’. Mulher quer compressão e homem quer aprovação. Mulher quer carinho, homem quer carrão. Mulher quer romance, homem quer sexo. Mulher quer conversa, homem quer sexo. Mulher quer sexo, homem quer sexo a três. Tem sempre essa alquimia para ser feita, essa conta. A gente fala que sexo é química, amor é matemática, tem que saber com quem você quer fechar essa conta”, falou a atriz.

A peça original fez grande sucesso e rodou todo o país há 15 anos. Agora, repaginada, tornou-se um monólogo, em que Nany também aborda novas nuances sobre o amor, como os relacionamentos em todas as suas formas e o protagonismo das mulheres.

“Falei para o Bruno revisitar esse texto, porque quando foi construído era muito heteronormativo, era muito uma ótica da mulher sobre o homem. Talvez eu estivesse muito nocauteada pela separação dos meus dois irmãos e ficava muito observando os dois. E agora, 17 anos depois, graças a Deus temos avanços sociais, jurídicos, tecnológicos, avanços sexuais, a gente fez um texto mais aberto, fluido, democrático, mais abrangente e inclusivo. Tem hora que falamos: isso vale para tudo, porque homem tem que entender homem, e mulher tem que entender mulher, gay tem que entender gay, e lésbica tem que entender lésbica. Deixamos isso bem claro como funciona e ele fica muito mais divertido, inclusivo porque, o que é casamento? Tudo hoje em dia é casamento, não necessariamente tem essa coisa da certidão, cerimônia e tal. Juntou as escovas de dentes, está valendo”, disse Nany.

COM A PLATEIA

A interatividade com o público, uma das maiores marcas do trabalho da atriz, não vai ficar de fora no monólogo, que é dinâmico, divertido, inteligente e pulsante, segundo a atriz.

“Está muito mais pulsante, porque as pessoas se sentem nessa coisa do coach, que está moda hoje, todo mundo é palestrante. Então, deixo bem claro que é uma palestra que vou dar, mas chega uma hora que vira um bate-papo. Quando você vê, as pessoas estão interagindo e contando coisas. Tem uma tese que eu levanto: ‘Parabéns, você sobreviveu a todas as intempéries da vida. A mãe dele que não gosta de você, o futebol que tira da folga e do final de semana da casa da praia, você sobreviveu a todos os desafios. Você divide o carro, a sala, a cozinha, mas tem uma coisa que você tem que aprender a dividir pelo resto da vida: o banheiro’”, contou ela, defendendo a ideia de que “banheiros separados, casamentos prolongados”.

“Se você vir as histórias que saem, quando eles contam o que o outro faz no banheiro que incomoda muito, vai desde a calcinha pendurada até a pasta de dente, vai até a moça falar que o cara, quando fazia cocô, gritava para ela para ganhar um beijinho porque a avó ensinou assim. Isso as pessoas contam na plateia e é maravilhoso porque elas se libertam. Curiosamente algumas pessoas já tem banheiros separados, acho o máximo isso”, acrescentou ela.

COMÉDIA

“Como Salvar um Casamento” – Nany People

Quando: Sábado, 18, às 20h – Sessão única.

Onde: Teatro do Sesi (Av. Almirante Barroso, 2540 – Marco) – entrada pela Av. Dr. Freitas.

Quanto: R$120 (inteira) e R$ 60 (meia-entrada), à venda pelo Sympla bileto.sympla.com.br/event/ 91149/d/240649/s/1640175)

Duração: 70 minutos.

Classificação: 12 anos.

Informações: (91) 4009-4965