A banda norte-americana My Chemical Romance causou polêmica no fim de semana com a estreia da turnê “Long Live: The Black Parade”, realizada em Seattle, nos Estados Unidos. O grupo — que se apresenta no Brasil em fevereiro de 2026 — tocou na íntegra o clássico álbum The Black Parade, combinando o repertório com uma encenação teatral densa e provocadora, que incluiu referências visuais à Guerra Fria e uma polêmica simulação de execução.
Durante a apresentação, integrantes do elenco vestiam uniformes militares e se posicionavam em filas no fundo do palco, criando uma atmosfera opressiva, reforçada por luzes frias e uma cenografia inspirada em regimes autoritários, com lettering em estilo cirílico e paleta de cores intensas.
Em determinado momento, o vocalista Gerard Way recebeu ordens de um agente no palco, rebelou-se e foi simbolicamente agredido, em uma clara alusão à repressão e ao confronto com o autoritarismo. O ponto mais controverso da noite, no entanto, foi quando Gerard pediu ao público que votasse sobre a execução de quatro figuras encapuzadas e amarradas. Com a maioria dizendo “sim”, a banda encenou um fuzilamento com efeitos sonoros intensos, remetendo à violência estatal legitimada por processos democráticos manipulados.
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Na sequência, os músicos foram “capturados” por soldados e trancados em gaiolas, enquanto Gerard era “apunhalado” no centro do palco. O cenário então ruiu e o grupo reapareceu no palco secundário, onde seguiu o show com hits da carreira.
A turnê ainda não teve detalhes revelados sobre como será adaptada para os shows no Brasil, marcados para os dias 5 e 6 de fevereiro de 2026, no Allianz Parque, em São Paulo.
