
Neste sábado e domingo, 08 e 09 de março, no Theatro da Paz, os sucessos da Legião Urbana embalam o musical “Como é que se diz eu te amo”. Inspirada por uma das bandas mais importantes do rock brasileiro dos anos 1980 e 1990, a peça vai apresentar ao público a emocionante história de um grupo de jovens, vivendo o final do ensino médio em 1999 e descobrindo o amor, em diversas formas e tamanhos.
Leonardo Corrêa assina a dramaturgia do espetáculo. “Morando em Paragominas, conheci a Legião Urbana em 1998, quando meu professor de artes, Ednaldo Brito, escreveu no quadro a frase: ‘É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã’. Desde então, as músicas da Legião Urbana traduziram cada momento da minha vida”, disse.
Em 2015, já morando em Belém, o escritor fez seu primeiro musical com o diretor Tiago de Pinho, uma peça com músicas de Los Hermanos – “De Repente, Hermanos”. “Então, tive a ideia de criar algo com a banda da minha vida. Em 2016, escrevi o roteiro inspirado em cenas que eu e meus amigos havíamos vividos”, disse Leonardo.
O espetáculo conta os dilemas da adolescência e as dificuldades da vida adulta ao longo da trajetória das personagens, que encontram em suas amizades força para seguir em frente. A história já emocionou mais de 7,5 mil pessoas em Belém (PA), Macapá (AP) e São Paulo (SP), e está na sua 12ª temporada. Músicos e atores paraenses veteranos estão no elenco. Como os influenciadores digitais Fabíola Martins e Victor Barros, além de artistas do eixo Rio-São Paulo, como a atriz Francis Helena Cozta, da novelas “Chiquititas 97/98” e “Éramos Seis”, e o cantor Palma Júnior, vocalista da maior banda cover de Legião Urbana do país.
“Executamos 41 músicas no palco, algumas em trechos muito pequenos, pois as canções se misturam ao texto para contarmos as histórias das personagens. Então, muitas músicas já se encaixam nas histórias que eu havia vivido, e outras foram se encaixando nas cenas. Legião Urbana tem o poder de ilustrar todos os assuntos possíveis”, acredita Leonardo, que além de assinar a dramaturgia e direção do espetáculo, estará também em cena como o ator principal.
NOVIDADES
Essa nova temporada chega repleta de novidades, com novos arranjos e coreografias nas mais de 30 músicas encenadas. Sucesso de crítica e público, o espetáculo é ganhador do 1º Prêmio Nacional Brasil Musical de 2018, na categoria Norte. Em dezembro de 2022, fez história como a primeira dramaturgia de um artista paraense a estrear no circuito de musicais de São Paulo de maneira independente, e com 16 artistas paraenses em cena.
“É incrível como a obra de Renato Russo e seus companheiros de banda são atuais. A cada ano, conseguimos atualizar algumas cenas de humor e fortalecer as cenas dramáticas para falar de perto com o público, pois as histórias contadas são tão reais que se identificam com as pessoas em vários momentos. O enredo começa em 1999 e finaliza em 2019, então é possível ver as personagens ingressando na vida adulta e o texto acaba sofrendo atualizações a cada montagem”, contou o diretor.
A atriz paulistana Francis Helena Cozta dá vida à personagem Natália. Segundo ela, o papel tem uma carga dramática grande e acaba sendo um desafio interpretá-la. “Está sendo um delicioso desafio para mim, além de estar muito feliz por poder aliar a interpretação com o balé clássico, que também é uma das minhas formações. Tenho um número de dança lindo no espetáculo”, diz ela, que esteve a primeira vez em Belém há 17 anos, participando de outro musical. Mas agora será sua primeira vez no Theatro da Paz.
“É um sonho ter o privilégio de me apresentar aqui. Belém exala a história do Brasil e está sendo extremamente enriquecedor, culturalmente, para mim estar aqui. Estou apaixonada pelo nosso elenco, composto por atores de Belém e do eixo Rio-São Paulo, numa mistura perfeita”, contou ela, que tem mais de 25 peças teatrais e musicais no currículo, atuando também como coreógrafa, além de ser apresentadora, locutora e narradora de livros. Este ano, Francis Helena se divide entre a atuação no musical e no espetáculo “Eu, Você, Eles e a Chuck”, além da websérie “O que não falamos”. Também de ter participado do longa “Voragem”, e estrear como diretora no curta-documentário “Você” (lei Paulo Gustavo) .