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Mostra Pulsar exibe audiovisual paraense na Casa das Artes

Falecido em janeiro, Afonso Gallindo terá homenagem com dois filmes exibidos na abertura: “O Negro no Pará” e “Cuia”. FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Falecido em janeiro, Afonso Gallindo terá homenagem com dois filmes exibidos na abertura: “O Negro no Pará” e “Cuia”. FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Wal Sarges/Diário do Pará

A Casa das Artes promove, a partir desta quinta-feira, 23, a Mostra Pulsar, que segue até o próximo sábado, 25, sempre às 19h. Serão exibidos filmes viabilizados pelo Prêmio FCP de Incentivo à Arte e à Cultura em 2022, além de duas obras do cineasta paraense Afonso Gallindo, que faleceu em janeiro deste ano, em uma homenagem a ele.

Hoje, na abertura, serão exibidos ao público dois filmes dirigidos pelo cineasta – o documentário “O Negro no Pará” e “Cuia”. Depois haverá um bate-papo com a presença de membros da equipe técnica dos filmes, colaboradores frequentes de Gallindo – Marcelo Rodrigues, Maria Christina e André Mardock.

Esta é a quarta edição da Mostra Pulsar, conta Felipe Pamplona, técnico de audiovisual da Casa das Artes. “A gente sempre exibe, na mostra, filmes que foram premiados no edital de produção de experimentação da Casa das Artes no ano anterior, e mescla com algumas produções da cena de Belém. Mas neste ano, pela quantidade de filmes, são todos oriundos deste edital”, destaca.

Outro ponto é que a Mostra Pulsar está cada vez mais descentralizada, aponta Felipe Pamplona. “O San [Marcelo] é um cara que já tem uma trajetória extensa e já foi premiado. Além dele, tem a Clara Morbach, de Marabá, e a Liendria Malcher, de Santarém. Isso também mostra o caráter descentralizado do edital”, ressalta Felipe.

A programação reúne diretores de diferentes origens do Pará, que trazem suas vivências através do audiovisual. “Madá” é o curta-metragem dirigido pelo bragantino San Marcelo que será exibido nesta quinta, seguido de “Mangues mudus”, de Cícero Pedrosa. Integram ainda a programação as exibições de “Urubu do Ver-o-Peso”, de Marcelo Rodrigues, “O que o rio me falou”, da diretora Liendria, e “Entre Rios e memórias”, dirigido por Clara Morbach.

Rodado em Bragança, o curta-metragem “Madá” trata de forma leve alguns temas complexos, com o intuito de fazer um cinema de entretenimento, não deixando de lado a função de comunicar, denunciar, mas trazendo temas que se entrelaçam com texturas da vida e cultura da cidade de Bragança.

Interpretada pela jovem atriz Luana Oliveira, a personagem-título é dançarina de brega, mas quando descobre que sua banda vai viajar para uma turnê de shows, precisa optar entre cuidar da família ou ir em busca de seu sonho profissional.

Dirigido por Guto Nunes, o documentário “O Boi-bumbá de Salvaterra e suas Comunidades Quilombolas” é um dos destaques da programação, e será exibido no sábado, 25, encerrando a Mostra Pulsar. Com duração 53 minutos, o filme conta a história de colocadores de bois-bumbás que ainda não havia sido documentada.

“O documentário pretende eternizar folguedos juninos, fortalecer o acervo das memórias de resistências das comunidades quilombolas de Salvaterra, com foco nas tradicionais brincadeiras do folguedo do Boi-Bumbá. O objetivo é trazer para as telas os protagonistas e guardiões dessas manifestações”, diz o diretor.

ASSISTA

Mostra Pulsar
Quando: Hoje a sábado, 25, a partir das 19h.
Onde: Casa das Artes (R. Dom Alberto Gaudêncio Ramos, 236, ao lado da Basílica – Nazaré)
Quanto: Gratuito