O Dia Mundial do Rock também será comemorado com o Festival Rock 13, no Espaço Cultural Empata’s, na Praia do Bispo, em Mosqueiro. A edição é histórica, fechando um ciclo de 25 anos do evento. “É uma data importante, um evento que considero de uma envergadura boa, com impacto social e cultural – também acredito, bastante positivo. Serão sete bandas de produção autoral, com punk rock, heavy metal, rock progressivo e rock experimental”, detalha Daniel Tavares, um dos realizadores do projeto em parceria com a produtora Jambum. A programação é gratuita e terá início a partir das 14 horas.
Além de levar o rock no nome, o festival busca democratizar o gênero musical e suas vertentes na capital paraense. “O Rock 13 se transformou num evento conhecido na região metropolitana, porque há uma procura das pessoas em participar, seja espectadores ou bandas que querem se apresentar. Na medida do possível, a gente consegue engajar essas bandas para nos ajudar a construir o evento”, conta Daniel. Produzida de forma independente, a edição deste ano conta com o fomento cultural da Lei Paulo Gustavo, via Ministério da Cultura/Governo Federal e Fumbel.
O evento evoca a essência do Live Aid, daquele longínquo 1985, que tinha como objetivo ajudar a combater a fome na Etiópia e foi transmitido ao vivo pela BBC, para mais de 1,5 bilhão de espectadores, com shows simultâneos em Londres (Inglaterra) e na Filadélfia (Estados Unidos). “Então, [o festival em Mosqueiro] é uma forma de celebrar o gênero musical que tem uma pegada social. Acredito que é uma celebração ao rock, à vida e uma celebração do ser humano como agente político”, pontuou Daniel.
Assim, o line-up é composto pelas bandas Briga de Bar, Morfina Punk, THC (Tocando Hardcore Cabuloso), Babyloyds, Sistema Nervoso, Lambada Hit Combo, Esquartejamento, Contraponto e Soulmetal. Camilo Royale, guitarrista do Lambada Hit Combo, duo paraense formado em 2016, garante que será um show energético com referências à cultura local, com seu Death Brega.
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“Nosso show será de 30 minutos para te divertir. Então, já começa com o nosso single novo, ‘Da Baguda’, e já me disseram que lá o Empata’s é um lugar bem quente. Então, no final do show, a gente celebra esse calor com aquela vontade de tomar uma gelada, ‘Felicidraft’, todo mundo levantando o copo ali e celebrando o rock”, diz Camilo.
Segundo o guitarrista, a banda está muito feliz com o convite para tocar no festival, especialmente por ser uma celebração ao Dia do Rock e ser em Mosqueiro. “E saber que a festa tem 25 anos foi uma grande surpresa. Isso tem que virar algum documentário, porque 25 anos fazendo essa festa na raça, no Empata’s, em Mosqueiro, tudo em julho, no Dia do Rock, é impressionante essa história. E estamos muito empolgados em ir para lá, fazer um showzão. Vamos tocar com várias bandas aqui de Belém, hits mais pesados, então queremos divertir a galera. Serão 30 minutos para fazer a galera suar, botar a camisa preta para ficar suada ali na beira da praia. Estamos muito ansiosos para esse show, de verdade”, disse Camilo.
Para Daniel Tavares, o evento se mantém vivo ao longo da sua trajetória graças ao engajamento de várias pessoas, que se empolgam com a proposta, como foi o caso de Camilo. “É possível manter um evento por muito tempo quando você pensa exatamente no fomento ao gênero, o fomento cultural, na exaltação do rock enquanto gênero musical e que serve para pensar a vida, para se engajar politicamente”, finalizou Daniel.
