O diretor americano David Lynch, conhecido por sua obra voltada aos mistérios surreais e ao noir, morreu nesta quinta-feira (16), aos 78 anos, devido a um enfisema pulmonar. A informação foi conformada por sua família em uma publicação no Facebook.
“É com profundo pesar que nós, sua família, anunciamos a morte do homem e do artista, David Lynch. Agradeceríamos se pudessem nos dar um pouco de privacidade neste momento”, escreveram na rede social. “Há um grande vazio no mundo agora que ele não está mais entre nós. Mas, como ele diria: ‘Mantenha os olhos no donut, e não no buraco.’ É um dia lindo, com sol dourado e céu azul por toda parte.”
Em agosto do ano passado, David Lynch disse à revista britânica Sight and Sound que tinha enfisema e, por causa da doença, não poderia mais dirigir filmes presencialmente, no lugar das filmagens. Ele afirmou que sua condição de saúde, uma doença que atinge o pulmão, foi causada pelo cigarro.
“Por isso, estou preso em casa, goste ou não. Não posso sair. E só consigo caminhar uma curta distância que já fico sem oxigênio”, disse. “Fumar era algo que eu adorava, mas no final me incomodou. Fazia parte da vida artística para mim o tabaco e o cheiro dele, e acender coisas e fumar e voltar e sentar e fumar e olhar para o seu trabalho, ou pensar sobre as coisas. Nada neste mundo é tão bonito. Ao mesmo tempo, está me matando. Então tive que parar.”
Na ocasião, Lynch chegou a dizer que era improvável que ele voltasse a dirigir um longa-metragem novamente. Mas, se o fizesse, não seria de maneira presencial. “Tentaria fazer isso de maneira remota, se for o caso”, afirmou. “Mas acho que eu não gostaria tanto assim de fazer isso.”