Uma semana após o lançamento de “Emilia Pérez” no México, centenas de pessoas pediram à rede de cinema que deu seu “selo de garantia” ao musical um reembolso do valor do ingresso.
Sucesso entre a crítica especializada, o longa de Jacques Audiard, ambientado no México mas filmado principalmente na França, é condenado nas redes sociais pela banalização de questões como a transição de gênero, o narcotráfico e a imigração.
Centenas de espectadores de “Emilia Pérez” pediram de volta seu dinheiro por não estarem satisfeitos com o filme, assegurado pela “Garantia Cinépolis” de reembolso caso o consumidor esteja insatisfeito.
“Emilia Pérez”, estrelado por Karla Sofía Gascón, Zoe Saldaña e Selena Gomez, foi o filme em língua não inglesa a receber mais indicações na história do Oscar -inclusive na categoria de melhor e de melhor atriz, na qual Gascón virou a primeira trans a ser indicada como melhor atriz. A trama acompanha uma advogada, Rita, que ajuda um chefe do narcotráfico a se transformar em mulher.
Pessoas mexicanas têm expressado indignação com o que chamam de “representação estereotipada” de seu país e a “falta de autenticidade cultural” em “Emilia Pérez”.
O diretor do musical, Audiard, enfatizou que sua obra representa somente uma “realidade interpretada do México”. “Tive muito cuidado, não queria ofender os mexicanos, não queria magoar ninguém”