SPFW

Marco Normando apresenta sua Coleção Nº 5 no Pavilhão das Culturas Brasileiras

Peças como as do estilista paraense Marco Normando levam renovação com “cara de Brasil” para a SPFW

Marco Normando apresenta sua Coleção Nº 5 no Pavilhão das Culturas Brasileiras Marco Normando apresenta sua Coleção Nº 5 no Pavilhão das Culturas Brasileiras Marco Normando apresenta sua Coleção Nº 5 no Pavilhão das Culturas Brasileiras Marco Normando apresenta sua Coleção Nº 5 no Pavilhão das Culturas Brasileiras
Peças como as do estilista paraense Marco Normando levam renovação com “cara de Brasil” para a SPFW
Peças como as do estilista paraense Marco Normando levam renovação com “cara de Brasil” para a SPFW

Dar uma olhada na programação de desfiles da próxima São Paulo Fashion Week (SPFW) é se deparar com um quem é quem na moda brasileira hoje. Diverso, o grupo tem desde estilistas que transformam em roupa a riqueza do artesanato manual do interior do país até marcas descoladas que estampam personagens da Disney em camisetas, infantilizando seus produtos.

No evento, que começa nesta segunda-feira, 14, estão gigantes como Alexandre Herchcovitch, que lança regularmente novas coleções desde que voltou com sua marca, etiquetas veteranas, a exemplo de Fernanda Yamamoto e João Pimenta, outras com menos de uma década mas com público cativo – Handred e Another Place -, estreantes, caso de Dario Mittmann e seu streetwear abrasileirado.

E ainda tem uma destacada representação amazônica com a Normando, criada pelo estilista que dá nome à marca. Sem spoilers, eles anunciaram no Instagram que farão o lançamento da sua “Coleção Nº 5” nesta quarta-feira, 16, a partir das 19h30, no Pavilhão das Culturas Brasileiras. Suas peças são conhecidas por trazerem à tona a pauta sustentável, com destaque especial para o látex amazônico, substituto ao couro animal.

Isto quer dizer que a SPFW, apesar de não causar mais o auê que um dia causou com suas passarelas estreladas e o frisson dos desfiles, e as críticas de que tem muitas marcas desconhecidas do público, segue firme em sua missão de dar palco a talentos emergentes e mostrar coleções novas de estilistas consolidados que lançou no passado.

“Eu continuo acreditando que o lugar mais importante, mais precioso para uma marca é no desfile numa semana de moda. Porque é aí que você mostra a economia do setor de uma maneira forte, estratégica e plural”, diz Paulo Borges, o fundador da SPFW.

O propósito do seu evento é o mesmo desde que começou, há quase 30 anos, ele afirma – “organizar uma agenda de desfiles para que isso seja uma apresentação desse panorama de moda”.

A edição número 58 da SPFW está ambiciosa. São 41 desfiles ao longo de sete dias, a maioria concentrada no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no parque Ibirapuera, aquele em que o estilista paraense Marco Normando já tem lugar marcado, e que já sediou edições anteriores do evento. Uma pequena parte acontecerá em um shopping, e outros tomarão ícones da cultura paulistana, como o do projeto Ponto Firme, de Gustavo Silvestre, no Museu do Ipiranga.

O público vai ver marcas trabalhando com os fazeres manuais de artesãos do interior do Brasil, uma proposta que já se desenhava nas últimas edições da SPFW e que responde, na moda, a um

movimento da cultura em geral – o de dar holofote para talentos dos rincões do país. Catarina Mina mostra 35 looks feitos em crochê, bordado e macramê, e Weider Silveiro criou a nova temporada a partir das memórias de sua infância, quando frequentava festas tradicionais no sertão nordestino.

Vale prestar atenção na Another Place, etiqueta querida da geração Z com sua mistura de camisetas justas que deixam o umbigo à mostra e calças amplas. Intitulada “Perigo”, a temporada “fala sobre sair da zona de conforto e a beleza que isso traz, quando você se torna livre”, diz o fundador da marca, Rafael Nascimento. Nos 40 looks do desfile, o público vai ver muito jeans, o carro-chefe da Another Place, tanto na tradicional modelagem baggy quanto nas novas silhuetas mais justas.

*Com João Perassolo/Folhapress

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.