Os ritmos paraenses vão invadir São Paulo entre esta quinta, 7, e domingo, 10 de novembro. É quando o professor de dança Marcelo Thiganá estará na cidade ministrando oficinas de diversas danças, mas especialmente sobre o tecnobrega.
“O objetivo é fomentar e disseminar a dança do brega, e assim falar de toda a cultura regional paraense. O material que será levado são frutos de pesquisa. ‘Brega – o tango do Pará’ e ‘Dança do Tecnobrega’, ambos livros e documentários produzidos por mim, por meio do Instituto de Artes do Pará [atual Casa das Artes]. A lambada e suas origens vem dos documentários ‘As Origens da Lambada’, do qual participei, dirigido por Félix Robatto”, explicou Thiganá.
O professor estará no sábado, 9, na escola de Carlinhos de Jesus. Posteriormente, no domingo, 10, às 10h, no Museu de Arte de São Paulo-Masp, na Avenida Paulista, realizando uma aula gratuita.
“Colocarei nossa bandeira do Pará para localizarem a oficina. O objetivo é reunir a comunidade nortista que mora nestas regiões, congregar e matar a saudade da nossa Belém, do nosso Pará. E transformar cada lugar na energia paraense. Do mesmo modo, contagiar aqueles que por ventura não conhecem a nossa cultura”, disse Thiganá.
Thiganá no ritmo da COP-30
Marcelo Thiganá aproveitará a oportunidade ainda para divulgar a COP-30. O evento acontece em novembro de 2025, em Belém. Para tanto, usará a cultura paraense, especialmente as danças do Pará.
“Minha história começou quando apresentei minha arte nas ruas de muitas cidades. Agora estarei à disposição de todos os paraenses em São Paulo para ensinar a dança do brega e a lambada a todos que lá estiverem”, contou ele. De antemão, ele declarou se sentir feliz e honrado em levar o Pará para outros estados brasileiros.
“Nosso povo paraense é pluricultural. Por exemplo, temos a gastronomia singular; a música do Pará, com suas misturas, nos faz únicos. Nossa dança conta muito do que somos, ela reverbera através do corpo toda nossa alegria e desprendimento no que se entende por tato. Temos uma cultura de dança a dois, incrível, e também um trabalho de resistência muito grande. Nossa dança apaixona quem a conhece”, destacou Marcelo Thiganá. Dessa forma, ele inicia o projeto em São Paulo. Logo depois, seguirá divulgando a nossa cultura também para Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, e finalmente, em Miami, nos Estados Unidos.
“Estou indo para furar uma bolha e quebrar preconceitos, falar da Amazônia de onde viemos, o que somos e para onde vamos. Falar da COP-30 e o que ela representa para nosso povo, o quanto somos importantes para o mundo, desde nossa biodiversidade até a poesia contada através da dança”, disse ele.
“De dezembro a abril, estarei ministrando oficinas de dança no Pará, em Santarém, Barcarena, Marabá, Bragança, assim como outras cidades. Também teremos o lançamento do curso para quem quiser se tornar um professor de dança de salão neste período. Para São Paulo, estou levando comigo a Rennata Thiganá, que vai explicar os movimentos femininos das danças”, destacou.