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Luê lança álbum em que mistura ritmos regionais e eletrônicos

Inspirada pelo universo nortista, a cantora e compositora paraense Luê lançoua seu novo álbum, “Brasileira do Norte”, na madrugada desta quinta-feira, 1º
Inspirada pelo universo nortista, a cantora e compositora paraense Luê lançoua seu novo álbum, “Brasileira do Norte”, na madrugada desta quinta-feira, 1º

Inspirada pelo universo nortista, a cantora e compositora paraense Luê lançoua seu novo álbum, “Brasileira do Norte”, na madrugada desta quinta-feira, 1º, nas plataformas digitais. O trabalho contém 16 faixas, entre canções, interlúdios e visualizers, que celebram o Norte do país, com as participações de Gaby Amarantos, Dona Onete, Raidol, Zaynara, Lia Sophia, Johnny Hooker e Victor Xamã.

Do nome ao visual, “Brasileira do Norte” finca a ideia de Luê como uma artista com raízes aqui, mas conectada ao Brasil e à música brasileira. “É especial falar do lugar onde a gente vem, acho isso chiquérrimo. E entender que a gente vem de um lugar muito rico em tantos aspectos, tanto quando se trata de riqueza musical quanto de riqueza cultural, gastronômica e visual. É uma riqueza para todos os lados. Por exemplo, a natureza, que é tão rica e tão abundante, então, eu acho muito chique bater no peito e falar, ‘olha de onde eu venho, pessoal’”, afirma.

“Estou muito eufórica porque o último disco que eu lancei foi em 2017, o ‘Ponto de Mira’, então tem bastante tempo. Depois disso, vim lançando outras faixas, alimentando meu trabalho e tudo mais. Lancei o EP ‘091’, no ano passado, mas a emoção é diferente de lançar um disco, porque EP é como se fosse a metade de um disco, ele ajuda a contar uma historinha breve de um disco. Estou bem feliz com esse lançamento, me sinto muito apropriada do meu trabalho nesse momento da minha vida”, define.

Luê diz que a construção de narrativa regional com ritmos eletrônicos olha um pouco para o início de tudo.

“Desde o meu primeiro disco, ‘A Fim de Onda’ (2013), eu explorei algumas rítmicas e alguma coisa dessa minha influência na música regional. Então, venho construindo essa narrativa ‘de volta pra casa’ e de resgate. A fusão desses elementos tradicionais rítmicos com o eletrônico, sinto que deu mais forte ainda, mas principalmente os ritmos regionais, porque a música regional é a minha primeira escola de música”, diz Luê, que é filha do músico Júnior Soares, do Arraial do Pavulagem, e toca rabeca na melhor tradição bragantina. “Faz parte da minha pesquisa de música, mas gosto muito dos ritmos eletrônicos e dessa fusão do eletrônico com o tradicional, foquei bastante nisso, mas eu sou uma buscadora de som, acho que a música está aí para experimentar mesmo”, considera ela, acrescentando que se deixou influenciar pelos ritmos mais urbanos depois que se mudou para São Paulo, há dez anos.

A cantora convidou estrelas da música paraense, como Gaby Amarantos, que participa na faixa “Deusa”. É a primeira parceria delas, embora a amizade entre as duas venha de muito antes.

“A música toma uma proporção maior quando é compartilhada com outros artistas. E aí quando a gente estava nessa fase de produção, eu e o Mateo [Piracés-Ugarte, da banda Francisco, el Hombre], que é o produtor do meu disco, a gente pensou que seria muito bacana trazer para o ‘Brasileira do Norte’ outros artistas também da mesma região. A Gaby, por exemplo, é minha amiga há muito tempo, desde do [festival] Terruá Pará, que tem uns bons anos, mas é a primeira vez que a gente faz uma composição juntas. Foi muito legal compartilhar isso com ela, que sempre foi muito generosa, inclusive em todo esse processo, ela foi muito massa comigo”, enaltece.