SHOW EM DOSE DUPLA

Kleiton & Kledir celebram carreira com repertório especial em Belém

Uma viagem afetiva em 40 anos de música, é o que prometem Kleiton e Kledir no show “Histórias e Canções”, que eles apresentam em dose dupla em Belém

Uma viagem afetiva em 40 anos de música, é o que prometem Kleiton e Kledir no show “Histórias e Canções”, que eles apresentam em dose dupla em Belém
Uma viagem afetiva em 40 anos de música, é o que prometem Kleiton e Kledir no show “Histórias e Canções”, que eles apresentam em dose dupla em Belém. Foto: Divulgação

Uma viagem afetiva em 40 anos de música, é o que prometem Kleiton e Kledir no show “Histórias e Canções”, que eles apresentam em dose dupla em Belém, nesta quarta-feira, 23, na Cervejaria Cabôca, e quinta-feira, 24, no Teatro Margarida Schivasappa. Em formato acústico e intimista, o show traz os dois irmãos no palco, com um repertório pontuado por sucessos, como “Deu pra Ti”, “Vira Virou”, “Paixão” e “Maria Fumaça”, canções inéditas, novos arranjos e também surpresas ao público.

A expectativa dos fãs é grande. Afinal, o próprio Kledir admite que faz bastante tempo desde a última vez que a dupla se apresentou na cidade. “Mas a gente tem um carinho enorme pelo público de Belém, que sempre nos recebe muito bem”, disse o músico, durante entrevista exclusiva ao DIÁRIO na última sexta-feira, 18, durante uma animada videochamada com a dupla. Já nesse dia, os ingressos para o show no teatro estavam esgotados. Seguem ainda à venda os ingressos para o show desta noite na Cabôca.

“Lembro desde a primeira vez que fomos a Belém, com o Projeto Pixinguinha, em 1980 ou 1981. Mas antes disso a gente já tinha toda uma relação com a Fafá de Belém, porque em 1975 a gente lançou o primeiro álbum com o Almôndegas e a Fafá gravou três músicas deste álbum”, rebusca Kledir, referindo à banda que ele e o irmão integraram nos anos 1970. “Foi toda uma conexão, a gente do Sul, a Fafá do Norte, e isso já vai pra 50 anos”, completa, enquanto Kleiton lembra outros amigos paraenses, como Jane Duboc, Leila Pinheiro e Gaby Amarantos, “com quem a gente teve o prazer de subir ao palco em Salvador”.

“Histórias e Canções” é bem o que o nome diz, confirma Kleiton. “Esse show tem música e tem muitas histórias que a gente foi acumulando e selecionou para dividir com a plateia, contando coisas nossas, de amigos, outros artistas, questões culturais, nossa visão das coisas”, conta.

E o que não falta é substrato para isso. A dupla soma mais de 20 álbuns, gravados em cidades como Los Angeles, Nova York, Lisboa, Paris, Miami e Buenos Aires. Em sua trajetória, já rodou o Brasil e palcos da Europa, Oriente Médio e América Latina. Duas vezes premiados no Prêmio da Música Brasileira na categoria melhor álbum, eles também tiveram composições gravadas por outros grandes nomes da música brasileira e internacional.

No show, toda essa história vai estar bem pertinho do público, como uma conversa entre amigos. “Somos nós dois, não tem banda, é mais descontraído e um formato que se presta mais a isso. E só nós dois, com tanta intimidade, a gente improvisa muito. Com banda, a gente tem que andar num trilho. Me parece que tem gente que prefere um show assim do que um todo arrumadinho, certinho”, emenda Kledir.

Com a possibilidade de ficar mais na cidade, o público pode esperar algum convidado-surpresa no palco. Fora dele, Kledir se diz mais quieto, mas Kleiton não quer perder a chance de andar por aí. “Vou poder comer um pato no tucupi, visitar o píer [Estação das Docas], que eu acho admirável. Sei que pra vocês é chover no molhado, mas eu falava muito disso em Porto Alegre, onde as pessoas ficavam de costas pro Guaíba. Eu dizia muito, ‘vocês têm que se mirar em Belém’. Hoje tem um movimento enorme em torno do Guaíba”, diz Kleiton, que não economiza referências comuns em que possa estar forjada a simpatia por Belém, da distância do eixo Rio-São Paulo ao uso do pronome “tu”. Mas passando principalmente por uma familiaridade na Pelotas natal dos Ramil, que os coloca bem à vontade na “brea” paraense.

“Viemos de uma cidade onde o inverno é frio, mas no verão é muito abafado e muito úmido. Pelotas é considerada a cidade mais úmida do mundo, criada por cima de pântanos”, diz Kleiton.

Assista

Show Histórias e Canções – Kleiton e Kledir

Abertura com Alexandre Sousa

l Quando: Dia 23 de julho, a partir das 20h.

Onde: Cervejaria Cabôca (Boulevard Castilhos França, 556 –

Campina)

Quanto: R$ 150, à venda no local ou pelo zap 91-992525336

l Quando: Dia 24 de julho, às 21h30.

Onde: Teatro Margarida Schivasappa –FCP

Quanto: esgotado