As polêmicas envolvendo Karla Sofía Gascón e o filme Emilia Pérez resultaram na decisão da Netflix de afastá-la da campanha para o Oscar 2025. Essa mudança pode acabar favorecendo o primeiro longa original do Globoplay, Ainda Estou Aqui, na disputa pelo prêmio de Melhor Filme Internacional. De acordo com algumas das principais publicações americanas especializadas em cultura e prêmios cinematográficos, membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas têm enfrentado dificuldades para apoiar o filme da Netflix devido às controvérsias envolvendo Gascón, o que abre caminho para o filme brasileiro brigar por uma vaga na premiação.
“Por conta de seu comportamento, as chances de Karla Sofía Gascón vencer o Oscar de Melhor Atriz, que já eram incertas, praticamente desapareceram. Além disso, é possível que o mesmo aconteça com o futuro da atriz na indústria cinematográfica”, comentou o editor executivo de cobertura de premiações do The Hollywood Reporter, renomado veículo que acompanha a indústria do entretenimento americano há mais de cem anos.
Ele ainda acrescentou: “Ela também prejudicou severamente as perspectivas do seu filme, que era amplamente considerado favorito para o Oscar de Melhor Filme, com 13 indicações — apenas uma abaixo do recorde de indicações da história. E, o mais injusto, afetou as chances de seus colegas, como Zoe Saldaña, favorita para a categoria de Melhor Atriz Coadjuvante.”
Notícias Relacionadas
“Após conversas recentes com membros da Academia, muitos afirmam que será difícil votar em Emilia Pérez em qualquer categoria, uma vez que o próprio filme se tornou tóxico”, finalizou.
Vale ressaltar que nas previsões do Oscar publicadas pelo mesmo veículo, Ainda Estou Aqui ocupa o 2º lugar na categoria de Melhor Filme Internacional, ficando atrás apenas de Emilia Pérez. Caso os votantes da Academia optem por não destacar o filme devido às controvérsias, a produção brasileira pode ganhar força na corrida pela estatueta dourada.
Com informações da revista Marie Claire
Diretor de Redação
Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.
