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Johnatan Ryder abre sua primeira individual em Belém

Johnatan Ryder abre sua primeira individual em Belém Johnatan Ryder abre sua primeira individual em Belém Johnatan Ryder abre sua primeira individual em Belém Johnatan Ryder abre sua primeira individual em Belém
As obras ainda contam com opções de realidade aumentada FOTO: MARCOS SANTOS/DIVULGAÇÃO
As obras ainda contam com opções de realidade aumentada FOTO: MARCOS SANTOS/DIVULGAÇÃO

Texto: Aline Rodrigues

O artista visual, produtor cultural e educador de arte Johnatan Ryder apresenta ao público, hoje, 27, às 18h30, a exposição “(Re)Enquadrar”, sua primeira individual. O título escolhido alude ao ato ou efeito de dar novo enquadramento, com o propósito quase subliminar de chamar a atenção para as diferenças de classes.

“As obras expõem também a cultura e a arte de um povo, ora cheio de glória, ora ameaçado por injustiças, no entanto, tudo isso faz parte do cotidiano e vale a pena ser apreciado e até julgado”, falou Ryder, que é formado em Administração e cursa licenciatura em História na Universidade do Estado do Pará. Em cada obra, ele conta que tenta captar diversos aspectos do cotidiano do povo da Amazônia, como a pesca, a religião, entre outros temas.

“Também teremos um quadro que fala um pouco de transparência, de afeto, os fragmentos das relações humanas, o amor, a união, expressadas de diversas formas e em diversas idades. São artes que foram feitas no estilo que eu venho trabalhando um pouco mais, que é o estêncil, que é mais aquele desenho chapado que a gente fala, onde a gente trabalha bastante as sombras, fica algo bem minimalista também. Então, vale a pena também conferir essas novas obras de arte, que vão falar um pouco de cotidiano, religião e de afeto para as pessoas”, completa o artista.

Obras são baseadas em técnicas como estêncil, aliadas à tecnologia FOTO: MARCOS SANTOS/DIVULGAÇÃO
REALIDADE AUMENTADA

A mostra terá ao todo 33 obras, sendo 17 delas em realidade aumentada, desde o primeiro desenho autoral feito pelo artista até alguns criados exclusivamente para a exposição, em técnicas que variam em line art – técnica de desenho composta apenas por linhas, sem acessórios, como preenchimento e sombreamento feitos com técnicas de pintura; e hachura – técnica de desenho que consiste em traçar linhas paralelas ou cruzadas para criar sombras e texturas em um desenho; e com stencil.

“Os visitantes que forem até a exposição poderão baixar o aplicativo que vamos disponibilizar na galeria e ver as animações das artes. De que forma? As pessoas podem abrir a câmera de seus celulares, apontar para cada quadro e há uma animação referente a cada obra. Tem animação que às vezes é uma crítica social, tem uma animação que às vezes não está na obra de arte, tem animação que é um pouco imersiva”, adiantou o artista, que é natural de Vigia, nordeste do Pará, e celebra a sua primeira exposição individual na capital paraense, com a curadoria de Milene Coutinho.

DESAFIO

O artista conta que realizar uma exposição individual na capital do estado é sempre um grande desafio e, por isso, um de seus grandes objetivos – agora cumprido. “A jornada é difícil, porém vi a oportunidade de realizar esse sonho através de um edital cultural representa um momento único na minha carreira profissional”, destacou Ryder, selecionado no edital cultural da galeria onde irá expor.

O artista, que sempre gostou de desenhar, mas não sabia por onde e para onde ir, começou a procurar auxílio de artistas profissionais a partir de 2019 e passou a ter então a arte como profissão em sua trajetória de vida. Logo no ano seguinte, Ryder começou a focar seu trabalho em arte com tecnologia em Vigia, onde vive. Por lá, foi responsável por algumas das mais importantes exposições visuais, como a primeira exposição com videomapping (2021) e a primeira com realidade aumentada (2022).

Durante a abertura de “(Re)Enquadrar”, o artista irá sortear um quadro da Basílica Santuário, a única regra para participar e concorrer é estar presente na vernissage.

VISITE

Exposição “(Re)Enquadrar”, de Johnatan Ryder
Abertura: Terça-feira, 27/02, às 18h30
Visitação: 28/02 a 12/04, de segunda a sexta, das 9h às 17h
Onde: Av. Presidente Vargas, 800, Campina.
Quanto: Gratuito