Os cantores Joelma Kláudia, Olivar Barreto e Renato Torres voltam ao palco com show ‘Tropicália’ na próxima sexta-feira, 9 de maio, na Casa Apoena, no bairro da Cidade Velha, em Belém, a partir das 21h. Esta será a 9ª edição do show que volta a ser apresentado a pedido do público. ‘Tropicália’ traz o repertório de sucesso do movimento poético-literário homônimo que conquistou os brasileiros nos Anos 60 e segue conquistando corações até os dias atuais.
O show revive os sucessos do movimento cultural brasileiro que vigorou nos Anos 60, tendo à frente artistas como Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé e Os Mutantes. A Tropicália difundiu conceitos críticos à sociedade da época, defendeu a liberdade e enalteceu a cultura popular com irreverência. “Depois de um ano a gente volta para cantar ‘Alegria, Alegria’, ‘Super Bacana’, ‘Baby’, ‘Domingo no Parque’, ‘Lindoneia’, ‘Panis et Circenses’, entre outros clássicos que fortaleceram o movimento tropicalista”, antecipa Joelma Klaudia.
“Os nossos timbres harmonizam e juntos fazemos, desse show, o espetáculo psicodélico de Belém. Esse encontro no palco é, também, mergulhado no respeito mútuo e na admiração que temos pelas carreiras uns dos outros. Afinal, Olivar Barreto e Renato Torres são nomes inconfundíveis no cenário paraense, e eu me sinto gigante ao lado deles”, completa a artista.
“O movimento tropicalista propôs romper com os padrões rígidos estabelecidos no momento em que eles misturam a música popular com influências do rock, do pop, arte de vanguarda, cultura de massa”, aprofunda Olivar Barreto.
No show, o figurino que será usado por ele, Joelma e Renato reproduz a estética do movimento, levando o público a uma viagem no tempo. “O figurino da Tropicália era exuberante e provocativo, com estampas psicodélicas, elementos do folclore brasileiro, do pop arte e do movimento hippie. Tinha uma ideia central que era a ‘antropofagia cultural’ (conceito difundido na Semana de Arte Moderna, de 1922), que devorava influências estrangeiras e reinventava com uma identidade brasileira. O figurino também não era só estético, mas também político e simbólico”, explica.
Temas e Impacto da Tropicália
Renato Torres recorda que a primeira edição do tributo especial à Tropicália foi realizado por ele, Joelma e Olivar em 2013. “A gente percebeu o significado (de reviver a Tropicália) por conta do momento histórico que a gente estava começando a viver em 2013 (período de muitos protestos no país) e que foi se aprofundando ao longo dos anos seguintes, com a ascensão da extrema direita. A Tropicália, que nasceu em meio à ditadura militar, traz uma proposta musical que reúne estética sonora e proposição política forte, revolucionária e de revisão da identidade nacional através da canção”.
“A gente percebeu o quanto isso ainda impacta o público. E as nossas vozes reunidas, cada um de nós com a sua própria trajetória e personalidade, como isso tem um efeito incrivelmente potente, o público fica entusiasmado e emocionado, e, a cada edição, a plateia sempre lota. A Tropicália de fato é algo que a gente vê ressonância até hoje na cultura do Brasil e do Pará”, completa Renato.
A Banda e os Músicos
Além de dividir os vocais com Joelma e Olivar, Renato Torres também vai assumir a guitarra. A banda também será formada pelos músicos Rafael Azevedo (baixo), Rodrigo Ferreira (teclados) e Many (bateria).
Serviço
Show Tropicália com Joelma Klaudia, Olivar Barreto e Renato Torres
Dia: 09/05
Hora: 21h
Local: Casa Apoena (Rua São Boaventura, 171, Cidade Velha).
Ingressos: R$ 25,00 (1o lote) à venda no Sympla , no local no dia do evento e pelos contatos (91) 98300-5965 e (91) 98272-2513.