Joelma e sua entourage chegam nesta terça-feira, 10, a Portugal para uma agenda mais que especial. Na bagagem, levam o calypso e a cultura paraense para um show que a cantora batizou de “Uma Noite Amazônica”. É por lá que ela cumpre mais uma etapa de gravação do DVD “Isso É Calypso – Tour Portugal”, em Lisboa, no Coliseu dos Recreios, na próxima sexta-feira, 13. A cantora ainda se apresenta na cidade do Porto, no sábado, 14, e no domingo, 15, em Bilbao, na Espanha, antes de retornar ao Brasil.
Em Lisboa, a contar pelos registros dos fãs nas redes sociais, a promessa é de uma recepção mais que calorosa. Eles vêm dividindo a preparação de cartazes, bandeiras de Portugal e do Brasil, e mensagens de amor à diva do bate-cabelo, confeccionados para serem levados ao aeroporto, na chegada da cantora.
Não é de hoje que Joelma é amada em Portugal, país que ela vem incluindo em suas turnês há anos, e com shows não só lotados por brasileiros que moram por lá, mas também muitos portugueses. Em junho último, quando ela completou 50 anos, teve até um “Joelma Day” em Lisboa para parabenizá-la, replicado depois no Porto.
E o mesmo Coliseu dos Recreios que a receberá agora também já foi palco para Joelma este ano, em março, em show com sucesso de público. Memorável, o show marcou o retorno da artista à Europa, onde ela ainda fez shows na Inglaterra e na Bélgica.
“Estou muito feliz e realizada”, disse Joelma em março, em Portugal. “Eu achei que estava na calmaria, que ia me aposentar, mas surgiu esse boom. Entendi o recado, e não era para parar”, disse a cantora.
EMBAIXADORA
Na correria do DVD, e já no pique dos shows internacionais, Joelma não participou do programa “Altas Horas” especial em homenagem ao Pará, exibido em 31 de agosto último, mas falou dos shows na Europa e destacou a importância, para ela, de levar a cultura paraense para além das fronteiras do Brasil. “São tantas coisas maravilhosas, são tantos ritmos incríveis, que ainda é preciso mostrar mais. O calipso, o pessoal já conhece, o merengue, carimbó, lundu. Mas tem muitos outros, tem a dança do boto, tem o tecnobrega, tecnomelody, beat melody, é muita coisa”.
Para a TV portuguesa, Joelma andou dando “spoilers” do que reservou para a apresentação em Lisboa, com a ajuda da filha Yasmin, que ela diz que divide com ela suas produções: “Pelos ensaios que estou fazendo, vai ficar incrível. A gente selecionou um repertório bem conhecido da galera. E Yasmin também vai cantar comigo”, disse ela, que também já falou que o show deve trazer uma surpresa que vai emocionar a todos.
REFERÊNCIA
A gravação do DVD “Isso É Calypso – Tour Portugal” dá sequência às gravações realizadas no Brasil, desde o ano passado, dentro da turnê celebrativa de outra data significativa: os 30 anos de carreira de Joelma, hoje uma das artistas mais populares da música brasileira e uma das grandes referências da música do Norte do país.
Nascida em 22 de junho de 1974, na cidade de Almeirim, Joelma Mendes da Silva iniciou cedo na carreira musical e conquistou um público fiel ao longo da trajetória, desde os tempos à frente da banda Calypso, ainda dividindo o palco com o ex-marido Ximbinha. Coleciona sucessos, que têm sido pedidos com empolgação pelo público nas redes sociais, para o set list dos shows em terras lusitanas. Músicas como “Complicado Coração”, “Vamos Ficar de Bem”, “Lágrimas de Amor”, “24 Horas de Paixão” e “Eternos Namorados” estão entre as mais citadas pelo público que parece mais movido pelas canções com tom romântico.
Com três indicações ao Grammy Latino e em momento de plena ascensão, Joelma vem mostrando que tem superado os desafios impostos à sua saúde nos últimos anos, especialmente depois da Covid, pela qual foi acometida sete vezes, e que trouxeram sequelas que a fizeram ter que cancelar shows.
Ela também tem se reinventado em novas parcerias, como o feat feito com Pedro Sampaio para “Voando pro Pará”, música que a força da internet trouxe de volta quase dez anos depois do lançamento, sem nenhuma interferência da cantora, e que virou febre, com seu refrão igualado a um mantra de como viver a vida feliz, numa versão bem paraense: tomar um tacacá, dançar, curtir e ficar de boa. E se for ao som do calypso, melhor ainda.