Pará - Faleceu na madrugada desta terça-feira (18) o ator, jornalista e roteirista Mário Alberto Filé, mais conhecido como Mário Filé. Ao longo de sua carreira, ele se destacou no cenário cultural paraense, especialmente por seu papel icônico como o “urubu” no espetáculo “Ver de Ver-o-Peso”, peça que permanece em cartaz há mais de 40 anos.
Filé integrava o Grupo Experiência, uma das companhias teatrais mais tradicionais do Pará, fundada em 1971. Seu talento e dedicação deixaram um legado significativo para o teatro e a cultura da região.
Um Ícone da TV Paraense
Além do teatro, Mário Filé marcou história na televisão paraense com o personagem “Filé, o repórter que dá pé”. Nos anos 1990, ele trouxe irreverência e um olhar único sobre o cotidiano de Belém em programas como “Outros”, da TV Cultura do Pará. Seu estilo inovador abriu caminho para futuras gerações de comunicadores.
Uma de suas reportagens mais lembradas é a gravação sobre a tradicional farofa na praia de Mosqueiro, em julho, um costume típico das férias paraenses. O vídeo original, publicado no YouTube por Jeremias Lima, segue como uma relíquia da cultura local.
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O impacto de Filé no teatro e na TV permanece vivo na memória daqueles que acompanharam seu trabalho. Como bem expressou o ator Alberto Silva Neto em uma homenagem emocionante:
“Até o nome artístico dele era uma piada. Foi roubado do apelido Filé de Borboleta, que ganhou por ser magrelo. O senso de humor realmente era a marca registrada do nosso Mário Filé. A primeira lembrança que tenho dele é cheia de comicidade, claro. Foi na adolescência, vendo-o atuar o urubu em Ver de Ver-o-Peso. Aliás, ‘atuar’, não. Ele ERA aquele urubu. Quem o assistiu sabe do que estou falando. Filé foi (é) um desses atores que só precisam de um personagem para se tornarem inesquecíveis. E assim ele permanecerá, mesmo que hoje o coração do Mário tenha parado de bater. Abraço com carinho os colegas do Grupo Experiência, demais amigos e familiares.”
O humor e a irreverência de Mário Filé jamais serão esquecidos. Seu legado continua vivo no teatro, na televisão e na memória do público paraense.
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