RECONHECIMENTO HISTÓRICO

Glória Caputo é homenageada pelo IHGP com título e medalha

Glória Caputo é empossada como sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico do Pará

Glória Caputo é empossada como sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico do Pará
Glória Caputo é empossada como sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico do Pará

A professora Glória Caputo, presidente da Fundação Amazônica de Música (FAM), é a mais nova sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP). Ela toma posse nesta quarta-feira, 24, em Sessão Solene, que ocorrerá às 19h30, na Sala Augusto Meira Filho em evento aberto a convidados. Além de empossada no IHGP, a sócia-honorária será condecorada com a Medalha Barão de Marajó, outorgada a personalidades pelo conjunto da Obra.

Com uma carreira consolidada, que une música e educação, Glória Caputo passa a integrar uma classe especial da instituição composta por personalidades públicas de Belém, admitidas sem a tradicional eleição para ingresso à instituição, dada a relevância da vida e da obra desses tipos de sócios.

A proposição, de autoria do professor Marcelo Pinheiro, coordenador da Comissão dos 125 anos do IHGP, foi aprovada por unanimidade pela diretoria, cuja presidente é a professora Anaíza Vergolino da Silva. E coincide com as celebrações dos 80 anos da pianista, que ocorreu no último dia 19. Glória Caputo iniciou seus estudos aos seis anos, aluna de destaque da professora Dóris Azevedo (1927-2021).

Ela expressa alegria e surpresa com o convite, destacando a beleza do prédio e seu interesse por arquitetura antiga. “O convite foi feito pela presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Pará na companhia de Marcelo Pinheiro e é uma alegria para mim. Já conheço há muitos anos o Instituto Histórico e Geográfico do Pará e sempre me chamou muito a atenção o prédio do Instituto, que é belíssimo- e como eu gosto muito de arquitetura antiga, muitas vezes até parava na frente para ficar observando- e agora, de repente, eu vou ingressar no Instituto. Para mim é um prazer muito grande e uma satisfação muito grande e uma honra também”.

Glória vê sua entrada como uma oportunidade de contribuir com a instituição. Ela fará uma doação importante para o acervo do Instituto, que será anunciada após a cerimônia de entrada. “Vejo este convite como uma forma que eu possa também contribuir na minha área para essa instituição. Vou fazer uma doação, mas é uma surpresa, então, irei anunciar posteriormente à cerimônia porque acho que vai ser uma doação muito importante para o acervo do Instituto”, diz Glória Caputo.

Ela relata sua jornada de 42 anos na área da educação musical, que começou em 1983 como diretora escolar do Conservatório Carlos Gomes. Após 1996, Glória fundou a Fundação Amazônica de Música, retomando projetos sociais como o Açaí e, em 2004, o Vale Música, ainda em atividade. Glória Caputo foi Presidente do Centro Cultural Brasil Estados Unidos – CCBEU e coleciona passagens, qualidade de dirigente e membro de diversas, várias, muitas entidades musicais pelo Brasil e no exterior. 

“No Carlos Gomes a minha vida mudou muito. Até então, eu pensava transformar a minha vida numa direção, e ela foi completamente na direção da educação. São 42 anos de dedicação a essa área da educação musical, em todos os sentidos. Em 1996, foi criada a Fundação Amazônica de Música e eu retornei com o trabalho social, que era um projeto chamado Açaí. Foi feito no Rancho com 200 crianças da periferia, do entorno”, recorda Glória Caputo.

Depois, seu trabalho continuou com o Vale Música em 2004, onde atua até agora. “São 21 anos desse trabalho. No caso da Fundação Amazônica de Música, a ideia de sua criação foi estimulada por duas pessoas: o Dr. Zeno Veloso, que não está mais entre nós, e o Dr. Santino, que ainda está presente. Eles me chamaram e me disseram que precisava continuar esse trabalho social com música e assim, continuei”.